Chinesices.
Se há coisa que caracteriza os actuais políticos portugueses é a sua total subserviência em relação ao estrangeiro, situação que não tem paralelo na História de Portugal, se exceptuarmos o período do Ultimato, que desencadeou precisamente a queda do regime monárquico. Da mesma forma que Passos Coelho manda a sua Ministra das Finanças participar numa operação de propaganda do Ministro Schaeuble para consumo interno alemão, António Costa acha que deve agradecer, atento, venerador e obrigado, a compra das empresas portuguesas a pataco por parte dos chineses. Os que acham que isto é sentido de Estado, não devem fazer a mínima ideia do que é o sentido de Estado. Ainda outro dia na série Borgen, uma personagem dizia que o resultado da austeridade no sul da Europa estava a ser a entrada em força dos capitais chineses, de tal forma que a curto prazo na Europa do Sul só se falaria mandarim. E de facto, enquanto abolimos os feriados da independência nacional e do regime republicano, já começamos a celebrar a passagem do ano do cavalo para o ano da cabra. Resta-nos assim imitar António Costa e agradecer aos investidores chineses (謝謝 xie xie, ou seja obrigado).