Hoje é dia de
A 8 de Fevereiro celebra-se O Dia da Ópera
«A ópera nasceu da tradição da música clássica no Ocidente. Começou em Itália, tendo-se espalhado pela Europa. A primeira temporada de ópera ocorreu em Veneza em 1637, tornando-se uma arte popular de entretenimento desde então.
Durante grande parte do século XVIII, a ópera séria, com seu estilo elevado e apresentações virtuosas, foi a mais amada entre os italianos. No entanto, como em todos os movimentos artísticos, alguns queriam inovar. Mozart é conhecido pelas suas óperas cómicas, como As Bodas de Fígaro, enquanto Verdi é famoso por óperas patrióticas e confiantes. Wagner foi um dos compositores de ópera mais influentes que dissolveu os distintos recitativos e árias em "melodia sem fim" e desenvolveu a ideia da obra de arte completa.
Os compositores do século XX continuaram a experimentar esta forma de arte e criaram conceitos inovadores, como atonalidade e dissonância. A era moderna viu uma explosão do teatro musical, a versão moderna da ópera. Embora existam várias diferenças importantes, alguns musicais assemelham-se muito à ópera - por exemplo, Les Misérables, que também foi adaptado ao cinema.»
Vi umas quantas óperas espectaculares. No S. Carlos, no Coliseu, no Campo Pequeno...
A mais extraordinária de todas as que vi, é memorável mais pelos acontecimentos do que pela obra per se, que longe de mim criticar, mas pouco ou nada entendi. Foi no Bolshoi e era a Giovanna d' Arco, de Verdi, cantada em russo. Fiquei muito desilulida e foi talvez por isso que nos "informaram de fonte segura" que Gorbachev iria estar presente. Todos vestidinhos "ponto em branco" entrámos cedo e a ópera começou com uma hora de atraso. À nossa volta, muita antiguidade a falar inglês, francês, alemão, etc., que presumimos tratar-se de membros do corpo diplomático, e que, como nem passada meia hora no início do espectáculo, ressonavam em plenos pulmões, assumimos como certa a presunção, já que fazia jus à sua sigla CD (come e dorme). Por fim, após o intervalo, alguém ocupou, o camarote presidencial. Tocou o hino, quem não estava a dormir levantou-se, um braço acenou do escuro à multidão e até finalizar não consegui ver se era o Gorbachev. Da ópera, conhecia uns trechos da música e o final pirotécnico ajudou à apoteose. Foi um espectáculo de excitação. Eu apostava que até tinha visto a célebre mancha na testa. Valeu por tudo, excepto o ronco generalizado.
Hoje é O Dia de Fazer Voar um Papagaio (de Papel)
«Os papagaios de papel têm muito a ver com sustentação, impulso e pressão do vento. A cada 8 de Fevereiro, basta pegar num deles, com um cordel forte para começar. Basta encontrar um campo aberto, começar a correr e esperar pelo melhor. Mas tem mesmo de haver vento.
Curiosidades:
Marco Polo (1254-1324) trouxe trouxe um papagaio de papel chinês no regresso a Veneza, vindo da China, no século XIII.
Benjamin Franklin (1706-1790) usou um papagaio de papel para demonstrar a natureza eléctrica da iluminação.
Os papagaios de papel têm sido usados para pesquisas científicas.
O escritor Khaled Hosseini destacou um papagaio de papel no seu célebre romance O Menino de Cabul.»
"Amir junta-se aos inúmeros rapazes que enchem o céu de papagaios que por vezes dançam sobre os telhados na sua luta de tentarem cortar as linhas uns dos outros".
Fizemos primeiro uma cruz, depois um losango, atadas as seis canas com cordel. Depois forrou-se com papel de seda amarelo canário. Com o que sobrou do papel, entrançámos uma cauda com um laço na ponta. O cordel estava enrolado num pedaço de cana de onde saía um nó com quatro pontas, uma para cada bico do papagaio de papel. A Susana correu para a frente da Igreja da Memória e lá foi ele pelos ares. Quando chegou a minha vez, não voou. Nunca voou da minha mão. Fiz voar outros com as minhas filhas, mais coloridos e com asas, mas aquele que ajudei a fazer nunca o fiz voar.
(Imagens Google)