Sublevação em Inglaterra
(Oswald Mosley, retrato do artista quando jovem)
Na semana passada aconteceu um desgraçado ataque em Southport, tendo como corolário o assassinato de três meninas e ferimentos em mais algumas. De imediato explodiu o boato que teria sido um imigrante ilegal (um dos boat people que continuadamente atravessam o Canal da Mancha) muçulmano, recém-chegado ao país. Parece que não, o miserável assassino será um filho de imigrantes ruandeses (país maioritariamente cristão), nado e criado na Grã-Bretanha. Mas pouco interessa a verdade, o boato espalhou-se, fundamentalmente através da rede Telegram (a recomendada pelo ditador Maduro, esse tão do apreço de parlamentares portugueses). Impulsionadas por essa incessante "partilha" mentirosa, turbas de milhares de britânicos têm-se manifestado, violentamente, em várias cidades - e não são apenas os degenerados tatuados, típicos do velho holiganismo futebolístico e que tão emulados vêm sendo pela ralé ocidental, pois as imagens mostram gentes com, pelo menos, aparência de serem "peles limpas".
Opõem-se à imigração, perseguem imigrantes, atacam seus locais ou de requerentes de asilo, templos e albergues, preferencialmente se muçulmanos. E empresas ou escritórios associáveis a trabalhos com a imigração. A polícia britânica afadiga-se, há milhares de detenções, já condenações a pesadas penas de prisão para alguns dos vândalos. Musk, o histriónico Citizen Kane actual (e apoiante de Donald Trump, o golpista tão do apreço de parlamentares portugueses) apoia o disseminar dos boatos e a continuidade das "jacqueries" na Grã-Bretanha, anunciando uma "guerra civil".
No centro de Londres instituições universitárias alertam os seus alunos para particulares cautelas nos próximos dias. Para restringirem a sua mobilidade. Especialmente se forem muçulmanos. Ou mesmo apenas "não-brancos". Peço, com veemência, à minha filha para se deixar ficar em casa, mesmo que ela possa perfeitamente passar por inglesa.
Não fosse ela cruzar-se com a escumalha imunda que, entre desmandos violentos, urra "CHEGA! CHEGA!". Siamesa, mas mais rija, da corja que para aqui anda a excitar-se. Mais mansa, por enquanto.