Sporting 2022/23
Para os sportinguistas os dois últimos anos foram óptimos. O clube acalmado, bem gerido. Inúmeros títulos nas "modalidades". E, acima de tudo, o futebol sénior a correr bem. O título tão ambicionado na penúltima época. E no ano transacto uma bela época, excelente presença na Liga dos Campeões, belo campeonato, bom futebol. Nisso tudo o dedo mágico de Rúben Amorim, e uma direcção a contratar bem e a ceder quem tem de ceder. A deixar medrar boas, até excelentes, expectativas para este ano.
Mas... Olho, descorçoado, para esta pré-época. Transferido o trinco titular, João Palhinha, haveria espaço para maior afirmação do talentoso Daniel Bragança, para isso contando com os dotes tácticos do treinador. Mas lesionou-se com gravidade. O reforço ansiado para o centro da defesa, St. Juste, lesionou-se e não fez a pré-época, o que terá custos físicos e no arranjo táctico inicial. E agora lesiona-se o guarda-redes, parece que ficando impossibilitado para os dois primeiros meses - pior ainda pois numa época de concentração de jogos antes do Mundial. Assim, não só defesa e meio-campo não estarão muito reforçados como a baliza ficará entregue neste início de época a um jovem guarda-redes sem qualquer experiência de futebol de primeira - nem sequer de "banco", como o actual jovem guarda-redes do Porto já tinha quando ascendeu à titularidade.
Ou seja, parece-me que por efeitos da fúria divina, fustigando o clube, este ano será para baixar as expectativas. Principalmente num campeonato tão desequilibrado como o português, onde uma ou duas escorregadelas (como no ano passado) logo custam os títulos. Uma pena. Mas será de recordar este contexto inicial quando, lá mais para o meio da época, começarem as críticas ao presidente, à direcção. E, decerto, ao treinador. Pois este ano, assim, só restará "correr por fora...". E tudo o que vier será lucro. Até inesperado.