Sempre igual, sempre por achar
Ouço repetir que não se deve regressar a um sítio onde se foi feliz. Nada mais errado. Pelo contrário, devemos voltar aos locais onde vivemos instantes de felicidade. Necessitamos como de pão para a boca deste ritual - as mesmas caras, as mesmas vozes, os mesmos odores, as mesmas paisagens. Um banho lustral que nos devolve à essência da vida, feita de contínuos recomeços.
Devemos voltar sempre, reeditando o exemplo de Ulisses no ansiado regresso a Ítaca: sempre igual, sempre por achar.