Saga bancária (2)
Tudo começou com um telefonema a horas próprias de um gerente de conta (creio ser essa a designação) que informou este modestíssimo cliente da obrigação de comparecer na agência para mostrar o novo cartão de cidadão por o anterior estar caducado. Acordado pelo telefonema (tenho horários anómalos) esclareci abruptamente que não tinha a mais remota intenção de fazer semelhante coisa. O homem não apreciou o tom, decerto por não estar habituado, e cresceu com a ameaça de, em caso de incumprimento, bloquear a conta.
Na sequência do que enviei para o serviço de reclamações, em 12 do passado mês, o seguinte e-mail:
Boa tarde.
Acabo de receber um telefonema de um V/ funcionário da agência de xxx, seguido de uma mensagem SMS assinada provavelmente pelo mesmo funcionário, xxx.
Na mensagem informa-se apenas que o meu cartão de cidadão está caducado, solicitando-se actualização, no telefonema exigia-se a deslocação a xxx para “actualização de dados”, referindo-se àquela caducidade e, imagino, outros dados constantes da minha ficha de cliente.
Informei o funcionário que o novo cartão tinha o mesmo número e estar fora de questão deslocar-me a xxx para semelhante propósito, considerando um abuso a exigência.
Como, em troca, recebi a ameaça de bloqueio da conta, venho esclarecer:
i) O meu CC tem, como disse telefonicamente, o mesmo número que sempre teve, actualmente tendo validade até 03/08/2031;
ii) Todos os outros dados porventura existentes estão actualizados, não tendo havido quaisquer mudanças, nomeadamente de residência, que o Banco deva conhecer;
iii) Não vejo nenhuma razão razoável para o Banco se comportar como um departamento de polícia, tribunal ou outro organismo público com competência para exigir comparência, no caso para verificar fisicamente a veracidade de uma informação que pode ser prestada, se solicitada, por esta ou outra via que não implique despesas, incómodos e perdas de tempo;
Ficando a aguardar notícias, apresento os meus melhores cumprimentos.
José etc. etc.
CC xxx
Morada xxx
Tlm xxx