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Delito de Opinião

Reflexão do dia

Pedro Correia, 02.10.24

«Não nos podemos só deter na visão antidemocrática de Pedro Nuno Santos, tentando impor as suas políticas independentemente dos resultados eleitorais. Assim, o PS governa quando ganha; governa quando não ganha mas há maioria de esquerda no Parlamento; e também governa (ora, queriam alternância democrática como nas democracias saudáveis?) quando não ganha nem há maioria de esquerda. 

Igualmente não se esgota no abandono interesseiro da tão propagada necessidade de compromissos entre os partidos democráticos do centro para afastar a extrema-direita da governação ou, até, da influência governativa. O PS (mais uma vez, explorando este filão) prefere dar ao Chega a capacidade de influenciar a política se tal acesso representar eventuais ganhos eleitorais futuros para o PS. O cinismo é avassalador. A forma escancarada como ponderam destruir consensos democráticos se o PS disso beneficiar é mais um sintoma: o PS já deixou de ser um partido centrista.

Nem termina com a inacreditável declaração de Pedro Nuno Santos de preferir perder as eleições a abandonar as convicções. Entrámos no domínio da egomania política. Claro que é ridículo, vindo do ministro que aceitou a humilhação por António Costa para continuar a ser ministro aquando do episódio da localização do aeroporto.»

 

Maria João Marques, no Público

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