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Delito de Opinião

Quanto vale o apoio de Soares?

Pedro Correia, 06.04.15

Dizem-nos que António Sampaio da Nóvoa - um ilustre desconhecido para a esmagadora maioria dos portugueses - beneficia à partida do apoio de Mário Soares como candidato à eleição presidencial.

Mas quanto valerá este apoio? Em 2006, Soares recusou apoiar Manuel Alegre (que foi o segundo mais votado, após Cavaco Silva), concorrendo ele próprio a Belém: ficou-se por uns modestíssimos 14,3%. Em 2011, recusando novamente apoiar Alegre, optou por Fernando Nobre. Que ficou na terceira posição, com 14%.

Vale o que vale, portanto. Muito pouco.

3 comentários

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    M. S. 06.04.2015

    Senhor amendes:
    O seu contributo para a discussão é apenas um insulto a partir de um trocadilho com o nome?
    Bem me parecia, dos comentários anteriores, que o senhor não dá para mais.
    Triste sina de que é tão poucochinho.
    Se quiser ficar a saber um pouco sobre António Nóvoa, leia (se a sua capacidade de leitura for um pouco mais além da capacidade de escrita).
    Diz-se que os políticos dos partidos são todos corruptos, a solução só pode vir de fora: quando aparece um independente partidariamente ouve-se disto a que temos assistido, vindo de muita gente que nunca fez nada na vida.
    Exige-se a reforma do Estado como solução para os nossos males: quando alguém faz a sua parte, como ele fez, unindo uma universidade com 100 anos e outra com 80 anos, tarefa que muitos diziam impossível: desvaloriza-se. (Já havia tentado algo semelhante, no 1.º mandato, com o Politécnico de Lisboa, para alargar a abrangência da instituição à área das tecnologias, mas tal foi inviabilizado por Mariano Gago).
    Quando foi vice-reitor da Universidade de Lisboa durante, durante 8 anos, pôs a funcionar um sistema de ligação da universidade às mais importantes do mundo, coisa que nunca tinha existido, para consulta permanente de bases de dados, bibliografia, troca de informações, etc.
    Mas isso implicava um determinado número de consultas por mês e viu-se aflito para que as pessoas, professores e alunos, se habituassem a fazer esse intercâmbio universitário, essencial nos dias que correm.
    Como reitor, pôs como meta incluir a UL no ranking das 100 melhores do mundo, não o conseguiu mas conseguiu uma melhoria muito substancial.
    Propôs fundir a UL com a UTL, tarefa que muitos diziam impossível de concretizar, para criar uma grande universidade com todas as áreas, potenciando a interacção de áreas de investigação, como, por exemplo, a biologia e certas tenologias.
    Quando deixou o cargo de reitor recebeu uma homenagem na universidade: houve um almoço em Julho de 2013.
    De entre as pessoas que falaram todos realçaram as suas excepcionais qualidades para pôr as coisas e as pessoas a funcionar correctamente.
    Especialmente as pessoas do sector administrativo, habituadas a receber ordens e nada mais. Referiram com muita enfâse a responsabilização a que eram sujeitas e o grau de autonomia que lhes era dado. E racionalizou assim os recursos, 1 só reitoria, 1 só Serviço Social, a eliminação de departamentos e de cursos repetidos.
    Prescindiu de ajudas de custo e do carro com motorista: deslocava-se de Oeiras para Lisboa num Ford Fiesta banal.
    Não precisa, não quer, não faz parte do seu espírito e maneira de ser enriquecer, muito menos na política: vive muito bem com o que tem para os seus objectivos de vida.
    Já disse que prescindiria do ordenado de presidente, continuando a receber o de professor, pois considera o cargo como um serviço a prestar ao país.
    Como professor universitário, sempre que foi convidado para palestras ou conferências sempre se deslocou no seu carro e nunca recebeu 1 euro: considera que é a parte que tem de dar ao país.
    (Paulo Macedo fez coisa semelhante nestes 4 anos de ministro, recebendo um ordenado muito inferior ao que recebe como gestor onde tem trabalhado. E disse-o: é a minha parte que devo ao país).
    De certeza que António Nóvoa reduzirá o staff da presidência e os 16 milhões que se gastam actualmente para metade ou muito perto disso.
    É um mouro de trabalho e nunca passa férias, desde sempre. Apenas 5 dias para visitar os familiares no Minho, na quinta da família.
    É uma pessoa positiva, capaz de motivar as pessoas, de formar equipas e de traçar objectivos não deprimentes para o país (ao contrário de alguns que nós conhecemos).

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    Marquês Barão 06.04.2015

    "Referiram com muita enfâse a responsabilização a que eram sujeitas e o grau de autonomia que lhes era dado". Um chefe pode delegar funções mas não responsabilidades.
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