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Delito de Opinião

Pronto, agora já estão como os portugueses

Sérgio de Almeida Correia, 28.02.16

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Numa altura em que ainda estão na memória aqueles belíssimos cartazes da campanha do PS, e enquanto em Portugal se perde o tempo a discutir os méritos e deméritos de uma inqualificável borrada do BE, que para a sua dirigente Catarina Martins é considerado um problema de "incompreensão", que aliás coloca em causa a própria compreensão por parte dos votantes no BE da sua mensagem eleitoral de 4 de Outubro, na Irlanda, na sequência de uma campanha miserável de Enda Kenny e do tandem Fine Gael-Labour, onde até se chegou a ameaçar os eleitores na sua liberdade de escolha com o filme português, também os eleitores irlandeses, sem medo de papões, retiraram o tapete aos partidos do governo.

O exemplo das campanhas de Passos Coelho e Rajoy, que dera tão brilhantes resultados relativamente aos objectivos que haviam definido quanto à manutenção das suas maiorias de governo, foi replicado na Irlanda com os resultados e a teimosia a confirmarem-se. 

O partido outrora maioritário colhe agora os frutos do seu discurso e da tempestade de asneiras que promoveu. E com o Reino Unido a um passo de fazer as malas para sair da UE, deixando o que resta do projecto europeu em pantanas, fruto da mais hipócrita e oportunista campanha de que há memória por parte de um primeiro-ministro e líder conservador, não deixa de ser curioso que os únicos que neste momento estão em condições de poderem apresentar alguma estabilidade à chanceler Merkel e aos mercados sejam, para grande desgosto de Paulo Rangel, os portugueses e a rapaziada da geringonça.

Enfim, coisas da vida, como diriam António Guterres e o Prof. Marcelo.

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