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Delito de Opinião

Processo autofágico em curso

Pedro Correia, 07.06.14

Um partido vencedor de três eleições em dois anos (regionais açorianas, autárquicas e europeias, estas em contraciclo absoluto com o ocorrido na sua família política alargada) cai agora entre cinco e nove pontos percentuais nas intenções de voto, no rescaldo imediato da mais recente conquista nas urnas, registando a maior queda nesta legislatura.

Faz sentido? Claro que sim: é um reflexo evidente do processo autofágico em curso, aliás com antecedentes mais que óbvios. Nunca por cá se havia visto algo semelhante: um partido vencedor celebrar esse triunfo eleitoral entrando numa acelerada desagregação interna que deixará feridas profundas a vários níveis.

Eis a oposição ideal para qualquer Governo. Não admira por isso que na actual maioria já se equacione o cenário de legislativas antecipadas, cada vez mais provável à medida que a guerra civil se desenrola, com requintes de sebastianismo temperado com fúria siciliana, naquele que ainda é o maior partido da oposição.

 

2 comentários

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    M. S. 07.06.2014

    Sérgio:
    Quanto ao Costa do Castelo prognósticos só no final do jogo.
    Eu alinho muito mais na tese do número de votos expressos do que nas vitórias eleitorais baseadas em percentagens artificiais a partir de universos famélicos de votos expressos, como as de Seguro.
    Na minha câmara municipal o Executivo (PCP + um fenómeno do Entroncamento chamado Verdes, que é vermelho por dentro e verde por fora) tem uma maioria absoluta com 47% dos votos repartidos a partir de 36,77% de votos expressos.
    Uma representatividade de 17,98% do corpo eleitoral.
    Mas que grande vitória com maioria absoluta!
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