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Delito de Opinião

Presidenciáveis (9)

Pedro Correia, 12.02.15

 

 Henrique Medina Carreira

 

Advogado, ex-docente universitário, comentador de assuntos financeiros. Mário Soares, verdadeiro expert na matéria, escolheu-o como ministro das Finanças do I Governo Constitucional. Medina Carreira é uma das cassandras do regime: praticamente não passa um dia sem escutarmos a sua voz bem timbrada a antever toda a espécie de catástrofes prontas a abater-se sobre o solo pátrio.

 

Prós - Este sagitariano dispõe de tribuna garantida na TVI 24, conseguiu ultrapassar Vasco Pulido Valente como profeta máximo das desgraças nacionais e conta com a admiração incondicional de Judite Sousa.

 

Contras - Usa pêra, algo hoje muito fora de moda na política: o último Presidente da República a usá-la por cá foi Bernardino Machado, entre 1925 e 1926 - um mandato que terminou manifestamente mal. Tem 83 anos, embora não pareça.

5 comentários

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    Pedro Correia 12.02.2015

    Não é meu costume usar o argumento da idade. Vejamos: se Adriano Moreira (hoje com 92 anos) se tivesse candidatado à presidência da República com 83 anos não haveria argumento sólido nem sério contra essa pretensão com base no bilhete de identidade.
    Lembro, a propósito, que o Presidente da República Italiana renunciou há dias às funções, decidindo enfim "ir descansar". Tem 89 anos (fará 90 em Junho) e é o político mais popular do país. Como foi um dos seus antecessores, Sandro Pertini, eleito presidente em 1978, aos 82 anos. Cumpriu até ao fim os sete anos de mandato e saiu entre aplausos gerais.
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    Luís Lavoura 12.02.2015

    Não é meu costume usar o argumento da idade.

    Sim, eu já percebi isso. Mas então, tal como digo, porque não o Manoel de Oliveira? É um homem bem apessoado, culto e com experiência internacional...

    não haveria argumento sólido nem sério contra essa pretensão com base no bilhete de identidade

    Pois não. Mas, tal como há uma proibição constitucional de cidadãos com menos de 35 anos de idade serem presidentes, penso que também deveria existir uma proibição para idades máximas... E, já que não há tal proibição, devem ser os cidadãos eleitores a ter o bom senso de a colocar em prática, recusando-se a votar em candidatos com mais de, digamos, 70 anos de idade.

    Quanto à Itália, eu não nego que um indivíduo possa ser um bom presidente com 80 anos - sobretudo se, ao contrário daquilo que é hábito entre os presidentes portugueses, não viajar muito. Mas pergunto: um indivíduo mais novo não fará, invariavelmente, melhor figura? Para quê escolher para presidente um tipo de 70 anos de idade, se há muitos tipos com 50 ou 40 anos de idade que farão muito melhor?
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    Pedro Correia 12.02.2015

    "Tipos com 40 ou 50 anos". Sugere alguém?
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    Luís Lavoura 12.02.2015

    Não tenho nenhuma sugestão concreta. Mas qualquer cidadão é livre de se candidatar. E nem precisa de ser um político.
    Veja por exemplo a atual presidente da Ordem dos Advogados. Não daria uma perfeita presidente da república?
    E a Maria Luís Albuquerque? Não tem também perfeita presença e personalidade para ser presidente?
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