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Delito de Opinião

Presidenciáveis (39)

Pedro Correia, 23.04.15

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Daniel Proença de Carvalho

 

Sempre na sombra do poder, sempre ao centro, umas vezes ligeiramente mais chegado à direita outras vezes milimetricamente mais encostado à esquerda, aquele que é supostamente o advogado mais poderoso do País não se sentirá enfim tentado a trocar a penumbra dos bastidores pelas luzes da ribalta?

Beirão de 73 anos, signo Virgem, com um longo percurso como causídico que o levou a defender personalidades tão diferentes - mas nunca indiferentes - como António Champalimaud e José Sócrates, Daniel Proença de Carvalho não falhou nenhum evento importante em Portugal das últimas quatro décadas. Foi ministro, presidiu à RTP, comandou a campanha presidencial de Freitas do Amaral, apoiou Cavaco sem deixar de ser grande amigo de Soares. Já dirigiu jornais. Hoje é administrador de alguns.

Sempre com uma leveza surpreendente. Sempre com aquele meio sorriso que se tornou sua imagem de marca e diz muito da sua personalidade, nunca destituída de algum mistério. Aparece como se ninguém o visse. Eclipsa-se como se continuasse a estar. Permanece mesmo estando ausente.

 

Prós - O grupo mediático que lidera seria um poderoso aliado na campanha. Contaria com uma comissão de apoiantes proporcional ao número de assentos em órgãos sociais de grupos empresariais em que até hoje já tomou assento. José Cid, com quem chegou a tocar na juventude em Coimbra, poderia compor-lhe o hino da candidatura.

 

Contras - Não consegue libertar-se de um certo rótulo mefistofélico que os seus esconsos inimigos lhe colaram, com apreciável sucesso. Os eleitores de esquerda julgam-no de direita e os eleitores de direita julgam-no de esquerda, estando provavelmente todos equivocados.

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