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Delito de Opinião

Presidenciáveis (37)

Pedro Correia, 16.04.15

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Luís Amado

 

Dizem vozes sábias que as presidenciais costumam ganhar-se ao centro. Ou seja, um candidato de esquerda tem de conseguir recolher também alguns votos à direita. E um candidato de direita precisa de atrair igualmente uma porção de votos oriundos da esquerda.

No campo socialista, poucos despertam tanto fervor eleitoral na direita como Luís Amado, 61 anos, signo Virgem. Num futuro cenário de bloco central, ninguém estaria tão autorizado a dar a táctica como este economista que até já partilhou chefe de gabinete com Passos Coelho.

Foi ministro durante seis anos (2005-2011), primeiro com a tutela da Defesa e depois com a pasta dos Negócios Estrangeiros, sem  nunca ter sido um incondicional do chefe do Governo: chegou a fazer furor um vídeo na Euronews em que o elegantíssimo José Sócrates o deixou de ficar de mão estendida, recusando cumprimentá-lo.

 

Prós - É um dos poucos socialistas que podem gabar-se de recolher apoios declarados no PSD. Dedica-se às artes, como escultor de pedras, facto que lhe basta para piscar o olho ao exigente mundo intelectual e talvez o faça recolher simpatias junto dos pedreiros-livres. E que melhor apelido do que o dele para lhe garantir, à partida, boas perspectivas nas intenções de voto?

 

Contras - A "verdadeira esquerda" ainda não lhe perdoa que tivesse cedido à tentação da banca, ascendendo à presidência do Conselho de Administração do Banif. Estar na calha para o Conselho Geral e de Supervisão da EDP também não o torna nada popular à esquerda do PS. O último Chefe do Estado português que usou barba foi Manuel Teixeira Gomes: rumou inesperadamente ao exílio, sem saudades de Belém. Já lá vão 90 anos.

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