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Delito de Opinião

Presidenciáveis (35)

Pedro Correia, 13.04.15

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Maria de Belém Roseira

 

Deverá o Palácio de Belém ser território exclusivo da "falocracia", para usar um palavrão posto a circular por algum feminismo mais assanhado? A resposta é negativa, obviamente. No instante em que Hillary Clinton anuncia que será candidata à Casa Branca, porque não haveremos também de ter a nossa "Hilária", emanada desse "paradigma da modernidade" (outro palavrão...) que é o PS?

Simpatia não lhe falta. Currículo, também não. Foi ministra da Saúde, deputada e até há pouco tempo - por indicação de António José Seguro - exerceu o cargo de presidente do Partido Socialista. E não confunde militância com seguidismo, como demonstrou numa  entrevista em que criticava António Guterres por "arrastar muito o processo de decisão" e José Sócrates por se "esquecer de ouvir".

Tem 65 anos, muito bem conservados. E não se iludam com a aparência frágil dela: é do signo Leão.

 

Prós - Ostenta um dos sorrisos mais simpáticos da política portuguesa. Conserva com orgulho o sotaque do seu Porto natal. Deu provas de integridade ao manter-se leal a Seguro na recente contenda interna no PS - ao contrário de outros, que trataram de mudar de campo mal sentiram o vento a mudar de direcção. E que melhor nome pode haver para uma senhora com aspirações presidenciais do que o dela -- Maria de Belém?

 

Contras - A simpatia, neste caso, pode confundir-se com falta de firmeza e algum défice no exercício da autoridade. Com a mudança de secretário-geral no PS, renunciou à presidência do partido, que António Costa logo confiou a Carlos César. Ana Gomes, provavelmente a figura menos consensual da política portuguesa, foi a primeira a lançar o nome dela para a Presidência da República.

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