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Delito de Opinião

Presidenciáveis (31)

Pedro Correia, 07.04.15

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Carlos César

 

Andam os socialistas em crise de orfandade presidencial, transformando as redes sociais num insólito processo de primárias para a corrida a Belém, e poucos parecem ter reparado ainda num homem talhado para enfrentar o desafio. Carlos César, o socialista que em 1996 pôs fim a duas décadas de consulado social-democrata na Região Autónoma dos Açores, ancorou há quase três anos no continente sonhando certamente com voos mais altos.

Ostenta um currículo político sedimentado por sucessivas vitórias com maioria absoluta nos escrutínios regionais, não lhe falta tempo disponível, parece ter a idade adequada (58 anos) e até já é presidente. Não do País, mas do PS.

Existem algumas diferenças entre os dois cargos, claro. Mas a política é mesmo assim: feita de pequenos passos.

 

Prós - Ninguém como ele terá tão sólidas perspectivas de vitória nos Açores, onde deixou boa reputação como governante (1996-2012). Pertence ao mesmo signo astrológico de Álvaro Cunhal e Francisco Louçã (escorpião), o que talvez facilite uma futura "unidade de esquerda". Tem apelido de imperador, o que dá sempre jeito quando se pretende conquistar o poder.

 

Contras - Não faltará quem jure que lhe falta verdadeira dimensão nacional para se tornar inquilino do Palácio de Belém. Os nossos dois primeiros presidentes, Manuel de Arriaga e Teófilo Braga, também eram açorianos mas nenhum deles foi bem sucedido nas funções. Precisa de se acautelar com algum Bruto socialista que ambicione anavalhá-lo pelas costas.

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