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Delito de Opinião

Presidenciáveis (18)

Pedro Correia, 25.02.15

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António Bagão Félix

 

Um dos benfiquistas mais conhecidos do País, fervoroso crente em Jesus, não teria dificuldade em obter sucesso na campanha presidencial à boleia do futebol. O democrata-cristão Bagão Félix, especialista em finanças públicas e "pai" de um polémico Código do Trabalho agora lembrado com saudade pela mesma esquerda que o contestou, tem motivos para sorrir: faz figura de Keynes em comparação com Maria Luís Albuquerque e quase parece um dirigente da CGTP no confronto com o ministro Mota Soares, de quem deveria estar mais próximo por afinidade partidária.

Sorri tanto que talvez até sonhe com Belém, onde poderia distribuir pastelinhos conservadores polvilhados com canela socialista.

 

Prós - A experiência adquirida como vice-governador do Banco de Portugal levaria este nativo de signo Carneiro, de 66 anos, a falar de cifrões tu-cá-tu-lá com Angel Merkel, que controla as nossas contas públicas. Numa nação com seis milhões de benfiquistas, andar de águia ao peito é um trunfo que não pode ser menosprezado. O cineasta João Botelho, seu amigo, realizaria os vídeos da campanha. Francisco Louçã, também seu amigo, talvez integrasse a Comissão de Honra da candidatura.

 

Contras - Muitos benfiquistas preferiam vê-lo na presidência do clube, não do País. Alguns eleitores ainda não esqueceram o atribulado e brevíssimo governo de Santana Lopes, em que Bagão foi ministro das Finanças. Os vídeos de João Botelho poderiam levá-lo a perder os votos de benfiquistas com veia cinéfila, como António-Pedro Vasconcelos. O apoio de Louçã talvez causasse ciúmes em presidenciáveis próximos do BE, como Pacheco Pereira e Manuela Ferreira Leite.

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