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Delito de Opinião

Posições políticas, interesses de curto prazo e a certeza de um futuro pouco agradável

José António Abreu, 23.10.15

1. Imperdoável. Cavaco tem posições políticas e age em função delas. Em 1987, Soares podia tê-las e fazê-lo. Em 2005, Sampaio podia tê-las e fazê-lo. Em 2015, Cavaco - eleito em sufrágio directo à primeira volta mas não socialista - devia limitar-se a assinar de cruz o que as mentes progressistas, bem pensantes - sempre elas, neste malfadado país - lhe dizem para assinar.

 

2. Na Alemanha, essa nação que odiamos porque recusamos admitir invejá-la, os socialistas entraram para o governo após negociações longas e duras - mas francas. Por cá, os socialistas, com uma sede de poder que caracteriza bem a parte do mundo a que Portugal na realidade pertence, escolhem os seus interesses de curto prazo (que, da sobrevivência política de António Costa à obtenção de sinecuras, passando pelo controlo de processos judiciais sensíveis, são muitos e variados) em detrimento do país. Quem ainda tinha esperanças deve perdê-las: não apenas nunca atingiremos o nível de vida alemão como será uma sorte não cairmos para o nível de vida venezuelano.

 

3. Governo de gestão, governo PS com apoio ilusório do PC e do Bloco ou governo PS com programa definido por PC e Bloco? Para o país, a primeira hipótese. Mas venha o diabo e escolha. O que, do ponto de vista da esquerda, é mais ou menos o que acontecerá.

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