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Delito de Opinião

Portugal, modelo de generosidade

Luís Naves, 22.06.18

Não vos quero maçar com factos, sobretudo daqueles capazes de danificar uma boa história, mas tenho ouvido muitos comentários sobre a péssima atitude europeia em relação aos refugiados, e concordo com tudo o que leio: de um lado, estão os países solidários, nomeadamente Portugal, o modelo de compaixão; do outro lado, estão governos perversos e cruéis, que recusam fazer o mínimo gesto de ajuda ao próximo. Confirmei a minha convicção após a consulta da fonte mais credível sobre o tema, o relatório da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR, na sigla inglesa), Global Trends 2017. De facto, os países muçulmanos pouco fazem pelo seu semelhante, pois a Turquia só tem 3,5 milhões de refugiados e 300 mil pedidos de asilo (podia citar os comparsas Jordânia e Líbano). Há comportamentos vergonhosos nos EUA de Donald Trump, pois em 2017 o país do presidente alucinado só tinha 287 mil refugiados e 642 mil pedidos de asilo, contrastando com a soma alemã de 1,5 milhões de refugiados e pedidos de asilo, a francesa de 400 mil e a italiana de 350 mil. Como se vê, Macron é bem mais generoso do que Trump. Os países iliberais e fascistas da Europa (Polónia e Hungria) têm respectivamente 12 mil refugiados e 5700, o que mostra enorme crueldade e desprezo pela vida humana. Em contraste, e segundo a agência das Nações Unidas, Portugal é um farol civilizacional e o exemplo que devia ser seguido pelos países com corações de pedra. Em 2017, sob a batuta da esquerda solidária, Portugal tinha 1623 refugiados e o extraordinário número de 45 pedidos de asilo. Isto é quase demasiado generoso e sei que damos cartas, que estamos na linha da frente, que vamos de certeza indicar aos europeus o melhor caminho neste tempo de emergência humanitária. E os desalmados, desta vez, vão ouvir o que temos para lhes dizer!

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