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Delito de Opinião

Ponto de ordem à mesa

Rui Rocha, 01.12.16

Ora então: aqueles que exerceram relevantíssimas responsabilidades políticas e faltaram às comemorações do 25 de Abril quando Passos Coelho era primeiro-ministro não deviam ter faltado; o PS, o PCP e o BE não deviam ter aprovado um voto de pesar pela morte de alguém que esteve 50 anos no poder sem legitimação eleitoral e que quando se afastou o entregou ao seu irmão, tendo privado o seu povo da liberdade e tendo nas mãos o sangue e o sofrimento de milhares; o PSD não devia ter optado pela abstenção quanto a esse voto de pesar nem deveria ter imposto disciplina de voto; os deputados do Bloco deviam ter-se levantado para receber o Chefe de Estado de um país democrático sobretudo depois de na véspera terem manifestado o seu pesar pela morte de um torcionário; o PSD não devia ter faltado às comemorações do 1º de Dezembro. Teria sido melhor se todos fossem um bocadinho mais crescidos e mais democratas. Mas não nos enganemos: por condenável que seja, a gravidade de faltar a uma comemoração não é a mesma que resulta de manifestar solidariedade com o percurso político de um tirano.

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