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Delito de Opinião

Poetisa, pitonisa

Pedro Correia, 13.08.22

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Concordo em absoluto com o que aqui assinala Francisco Seixas da Costa: «A propósito da morte da escritora Ana Luísa Amaral, notou-se o cuidado da imprensa em qualificá-la de “poeta” e não de “poetisa”. Acho, em absoluto, ridícula esta tendência recente de fugir ao uso da palavra “poetisa”, como se ela pudesse ofender a qualidade literária de uma mulher que escreve poemas.»

Em evidente sintonia, recordo o que escrevi em 2019 no DELITO: «Indigno-me com este absurdo banimento da palavra poetisa - sempre a associei a pitonisa - que alguns adoptaram, correndo desenfreados atrás da norma brasileira.»

Indignação hoje mais reforçada. Pela notória perseguição a este «belo substantivo feminino agora escorraçado do discurso cultural dominante, que designa homens e mulheres pela palavra poeta, na reiterada tentativa - que em certos casos deriva para obsessão ideológica - de esbater diferenças de género» (perdoem-me outra autocitação, mas vem mesmo a propósito). 

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