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Delito de Opinião

Penso rápido (79)

Pedro Correia, 04.07.16

Cada vez questiono mais a qualidade das sondagens que se vão produzindo e que - não tenhamos medo das palavras - condicionam seriamente a opção dos eleitores. Isto ficou bem evidente nas últimas duas semanas com os estrondosos falhanços da maioria das sondagens que vaticinaram os resultados do referendo britânico e de todas as pesquisas de opinião sobre as legislativas em Espanha.
Não são casos virgens, como bem sabemos por cá. Há em Portugal uma empresa do ramo que, embora trabalhando para órgãos de informação credíveis, tem um péssimo currículo na matéria: errou muito mais do que acertou. Alguns desses erros são de antologia e fazem parte do anedotário político nacional.
Incrivelmente, essa empresa jamais é penalizada: os tais órgãos de informação continuam a encomendar-lhe sucessivas sondagens como se nada tivesse acontecido e não se importassem de perder credibilidade por manterem tão insólita relação contratual.
Um típico fenómeno de "não-inscrição", como salienta o filósofo José Gil, para caracterizar esta evidência tão portuguesa: nunca ninguém parece extrair conclusões dos erros cometidos de forma persistente e reiterada.

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