Penso rápido (77)
O primeiro combate ao terrorismo começa na linguagem. Não chamar "estado islâmico" ao Daesh, por exemplo.
Porque aquilo não é Estado algum: é um bando terrorista que se apropriou ilegitimamente de largas faixas de território no norte de África e no Médio Oriente, onde mutila, tortura e mata todos os "infiéis", submete as mulheres a uma opressão tirânica e tem provocado danos irreparáveis ao património cultural da Humanidade.
Além disso só por macabra ironia estes terroristas podem intitular-se islâmicos: o maior número das suas vítimas professa essa mesma fé.
Ao chamar-lhes "estado islâmico" estamos a perder a primeira batalha, reconhecendo ao bando criminoso um estatuto que não tem nem nunca terá. Porque nesta guerra também as palavras equivalem a munições.