Penso rápido (104)
A direita mais extremista e a esquerda mais extremista, em simultâneo, transformaram o PS no inimigo principal. Tornando-o assim no partido angular, central, do sistema político português.
Não por acaso, no PS venceu sempre a ala capaz de corporizar esse espírito. Desde a apertada vitória de Mário Soares contra Manuel Serra no primeiro congresso do partido, em 1974. António José Seguro perdeu contra António Costa em 2014 porque abriu as primárias a "simpatizantes", já não só militantes - permitindo, portanto, que os futuros geringonços se infiltrassem no processo de decisão. Erro que o fundador do partido nunca cometeria.
A ala mais esquerdista do PS, na vertigem de selar uma coligação (ou até fusão) com o BE e o Livre, persiste em não entender isto. Talvez só aconteça quando já tiver sido atropelada.