Quando se tenta resumir, dá asneira. Assim, até parece que, no Budismo, o Presente é para se transformar numa Festa permanente.
Como em todas as Religiões, todas podem ter a sua parte boa mas, todas servem o hemisfério direito, para criar pessoas submissas.
No entanto, quando o Budismo fala da importância do Presente é para ser usado para melhorar e "limpar" o Karma (prefiro escrever Karma a Carma) porque, nesta religião, voltamos várias vezes, em várias vidas, para tentar alcançar a perfeição e um espírito cada vez mais puro.
No objectivo budista, temos de nos focar no Presente, para conseguir alcançar a nossa iluminação espiritual no Futuro.
Quando os Ocidentais pensam em Passado (2016), Presente (2017) e Futuro (2018), não é a mesma concepção budista:
Passado: é o acontecimento que não acontece mais ou passou de algo, seja um objeto, um evento ou uma experiência de qualquer um dos dois. Apenas que aconteceu mas, não se está a repetir.
Presente: O presente-acontecendo de outra coisa, seguindo o acontecimento que já não acontecia Antes De.
Futuro: O não-ainda-acontecendo de mais alguma coisa, seguindo o presente-acontecimento de algo antes disso.
É difícil entender para ocidentais, quanto mais explicar:
Ocidentais:
Primeiro, antes de acontecer, o ano de 2017 está no futuro.
Quando o ano de 2017 está acontecendo, está no presente.
Depois que aconteceu, o ano de 2017 está no passado.
No budismo:
O que ainda não aconteceu de algo
O presente que acontece de alguma coisa
O acontecimento que já não aconteceu ou passou de algo, ou algo anteriormente pereceu.
Ou seja, não há nada que por si próprio possa passar, simultaneamente, nos 3 sítios, Passado, Presente e Futuro.
O acontecimento presente é o intervalo temporal entre o surgimento e o fim de um objeto de senso comum, tendo uma natureza essencial.
O acontecimento que não acontece mais, não começa com o final do presente acontecimento e o surgimento do próximo momento.
Em termos aproximados, o ano de 2016 não se tornou o ano passado após e, apenas, num momento do ano de 2016. Do ponto de vista de cada momento desde o início de 1º de Janeiro até o final de 31 de Dezembro, o ano de 2016 ainda está acontecendo.
Confuso? Somos dois

porque fomos programados para ver tudo em "caixinhas" bem separadas (tivemos, temos, não sabemos se vamos ter).
Ao contrário do budismo (têm um processo para, individualmente, conseguir atingir algo melhor no futuro)
Como Ocidentais, quando nos estão a manipular com essa de viver o presente, tiram-nos "as ferramentas" para programar um melhor futuro ou seja, "alguém" passou a estar, completamente, à vontade para construir esse futuro por nós e, assim, quando lá chegamos, temos garantido que vai ser, cada vez pior para nós mas, muito bom para quem o passou a controlar porque abdicámos dessa responsabilidade.
Não é por acaso que os Seres Humanos sejam mais explorados, com cada vez mais impostos e que nunca tenham conhecido a Verdadeira Liberdade de apenas Ser, sem esta contínua luta, apenas para sobreviver.
Políticas à parte, uma família sobrevivia com um ordenado, agora trabalham os dois e parece nunca chegar porque as despesas estão sempre a aumentar.
Estamos presos numa permanente luta pela sobrevivência, mais sofisticada, com mais tralhas mas, sempre, à beira de um ataque de nervos, sem paz de espírito, sempre na que chamam "rat race", um modo de vida em que as pessoas são apanhadas numa luta ferozmente competitiva por riqueza ou poder.
Assim, é a melhor maneira para controlar, pôr os Seres Humanos sempre com muitos medos de, perder o emprego, a casa, não ter dinheiro que chegue para as despesas, mais impostos, acrescentam uns ataques terroristas... tudo o que eles possam "despejar", para ocupar as mentes e, ninguém, sequer ter tempo para pensar no Sistema no seu Todo, só ficar preocupado com partes que, pertencem todas a um único problema, a Gaiola invisível, onde estamos metidos. Imaginando, nunca poder viver de outra maneira.
A melhor parte, para os que realmente controlam é, dentro da gaiola, andarem todos a lutar uns contra o outros, sem nunca lhes passar pela cabeça, objectivos comuns, em vez de ver as diferenças e, isto, é mais que velho e, podem pôr todas as hipóteses nas divisões mas, assim, iremos sempre de mal a pior.