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Delito de Opinião

Pensamento da semana

Pedro Correia, 01.12.24

O 25 de Novembro de 1975 pertence ao património da democracia. Derrotando aqueles que quiseram liquidá-la à nascença. Como António Barreto sublinhou no Público, foi a data em que uma vasta coligação de militares e civis sem medo, exprimindo a vontade maioritária do povo português, «salvou e garantiu a democracia em Portugal». Deve ser comemorada? Claro que sim.

Este pensamento acompanhou o DELITO DE OPINIÃO durante toda a semana

65 comentários

lucklucky 25.11.2024

O 25 de Abril de 1 ditadura criou 7 ditaduras
O 25 de Novembro reduziu apenas 1. Ficaram 6.

O 25 de Abril não foi só cá e não criou nenhuma Liberdade lá.

O 25 de Abril não criou nenhuma Liberdade em Angola, em Moçambique, em Cabo Verde, em São Tomé e Principe, na Guiné Bissau, em Timor-Leste.
Não tiveram o 25 de Novembro.
Carlos Marques 25.11.2024

Que idiotice.

O 25-Abril garantiu a Liberdade e a Paz, para Portugal e para as colónias. Extingui-se a PIDE e acabou a censura.
As eleições para a Assembleia Constituinte de 1975 estabeleceram/definiram a Democracia.

O 25-Novembro merece tanto ser comemorado como a outra data em que se derrotou a tentativa de contra-revolução pelo lado Fascista hardcore, como o 11-Março. Mas não se comemora. Porque será?

Porque os Facho-Liberais (auto-denominados "democratas") querem esconder a sua vergonha num caso, e branquear a história no outro caso.
O 25-Abril é incomparável a qualquer uma dessas datas (11-Março, 25-Novembro).
Mas o Facho-Liberalismo conseguiu a 25-Novembro garantir que Portugal manteria o mesmo caminho geopolítico da ditadura Fascista: a NATO e, mais tarde a UE. Ou seja, a organização terrorista do império USAmericano, e a ditadura com que França+Alemanha+corporações impõem coisas aos outros.

A Liberdade em Angola, Moçambique, etc, chegou assim que o 25-Abril aconteceu. E a decência desses países seria assegurada pela influência da URSS que os ajudou a lutar pela liberdade contra a opressão do supremacismo branco fascista de Lisboa.

Os mesmos Facho-Liberais que celebram o 25-Novembro como se fosse comparável ao 25-Abril, mas depois escondem o 11-Março, são os mesmos filhos duma grande p*ta que no parlamento Europeu equivaleram Nazismo e Comunismo, como se o opressor da Europa pudesse ser comparado ao Libertador.

E tudo isto faz parte de um grande plano, o plano do império Anglo-Americano, nazi-sionista genocida, que nos quer desde 2014 convencer que na Ucrânia quem usa runas SS no equipamento, um leão dourado sobre fundo azul ciano da Galícia, uma insígnia Azov, um wolfsangel, um tottenkopft, uma foto de Stepan Bandera, uma bandeira vermelha e preta, e grita *slava ukraina*, é tão "democrata" como os restantes, quiçá até mais.

Há tanta rescrita da história neste Ocidente apodrecido que até dá dó. Isto está mais distópico Orwelliano que um *V de Vendetta*:

«Mais guerra é paz.
Golpe da CIA é democracia.
Império é globalização.
Genocídio é auto-defesa.
Nazismo é patriotismo.
Mentira é notícia.
Fascismo é empreendedorismo.
Factos é putinismo.
E 25-Novembro é liberdade.»

Como bem antecipou Fidel Castro, a Rússia tinha mesmo de voltar a derrotar esta m*rda do nazi-fascismo na Europa, mas da segunda vez iam chamar-lhe "democracia" (Liberal).

PS: não se esqueçam também da "democracia" e "liberdade" (todas made-in NATO) que todos os dias caem na cabeça das mulheres e crianças indefesas da Palestina, Líbano, Síria, Iraque, Iémen, e Sudão, e estraçalham aqueles corpos de seres humanos em mil pedaços.
Foi para isto mesmo que a Casa (da Supremacia) Branca criou a NATO em 1949, e convidou o ditador fascista e colonizador racista Salazar para ser um dos co-fundadores.
E foi para Portugal nunca poder corrigir este erro, que o Facho-Liberalismo fez o 25-Novembro e hoje o celebra como se fosse um 25-Abril, sem nunca referir o 11-Março.
lucklucky 26.11.2024

Há 50 anos os que fizeram o 25 de Abril obtiveram o poder total Marxista em Angola.
Moçambique, Guiné como determina a vossa ideologia totalitária.
Podemos ver hoje os resultados desses 50 anos de poder total da extrema esquerda.
Mais de um milhão de mortos, países decrépitos, onde se continua a prender e matar quem esteve e está contra esse poder total. Marxismo, uma ideologia de poder primitivo pois sem um dos esteios da modernidade: A Separação de Poderes.

O Marxismo que defende o genocídio de inteiras classes sociais e culturas acabou sempre em mortandades do Camboja, á União Soviética, da Etiópia a Cuba, culturas tão diversas mostrando como é da sua natureza.
Especializados historicamente em matar os próprios povos não admira que se identifiquem com o Hamas ou o Hezbollah.
Aliás basta ler " Problema Judeu" de Karl Marx. O vosso ódio aos Judeus por serem Judeus já vem de há muito.

Só o vosso Comunista controlo do jornalismo e do ensino conseguiu apagar como o Fascismo nasceu do Marxismo e as pessoas não se rirem ás bandeiras despregadas de chamarem à Ditadura Conservadora Salazarenta de Fascista. Bem tentam apagar Rolão Preto da existência. Mas hoje cada vez menos controlam e o jornalismo que vocês ajudaram a destruir tem cada vez menos credibilidade. Por isso cada vez mais pessoas sabem quem foi Nicola Bombacci, quem foi Ugo Spirito, quem foi Alberto Beneduce entre outros.

Sem esquecer como foram os compagnons de route dos Nazis, a vossa sabotagem da França e Inglaterra quando estes eram os únicos a combater os Nazis também não aparece nos livros de escola . E bem que vocês tentaram com o PCUSA que os EUA não apoiassem os Ingleses.
Tal como tentam sempre esconder que enquanto mediam as pilinhas com os vosso primos Fascistas na Guerra Civil de Espanha continuavam a compra-lhes navios e armamento.
Anónimo 27.11.2024

o lucklucky esquece-se sempre da China e do Vietname.
a China a segunda potência económica mundial e o Vietname avança desde que não haja bloqueios económicos como os que acontece a Cuba .
lucklucky 28.11.2024

Ainda aí?
Portanto Cuba Comunista precisa do Capitalismo explorador Neo-Ultra Liberal Americano dos "Grandes Grupos Económicos"!?
Sem a exploração da classe trabalhadora e opressão capitalista o comunismo Cubano não sobrevive.
João Pedro Pimenta 27.11.2024

Começa por ser mais ou menos pedagógico e depois revela-se um estalinista particularmente agitado.
Claro que vem com a acusação da Ucrânia ser "nazi", disfarçando o seu apoio ao putinismo, que é o grande representante do III Reich da actualidade. Talvez porque o seu querido "libertador" tenha marchado alegremente com os nazis na Polónia em 1939, parte que os órfãos de Estaline escondem sempre.

O nazismo está morto e a URSS também, felizmente. E Portugal é e será parte da UE e da NATO, mesmo que isso não agrade aos saudosistas de totalitarismos mortos
Carlos Marques 27.11.2024

Estalinista? Por referir factos? A "democracia" Liberal do 25-Novembro é isto:

"... the West and Turkey (...) are systematically promoting "Hay'at Tahrir al-Sham" (... ex-affiliate of "Al-Qaeda in Syria") as a systemic opposition. They create various fake administrations and try to show that this is the authority on the ground
(...)
the leader of "Hay'at Tahrir al-Sham" (...) is currently leading the offensive on the positions of the Syrian troops, whose resources constantly call for the "Russian occupiers" to be thrown out
(...)
And the group of "moderates" is also trained by instructors from the GUR and SSO of Ukraine, who get to the territory of Idlib from Turkey."

FONTE: Rybar (Рыбар = Pescador), OSINT Russo, sempre factual, no Telegram. Este canal diz mais verdades num dia, do que as PRESStitutas dos MainStreamMedia ocidentais num ano.

Os "democratas" Liberais do 25-Novembro querem também levar a sua "liberdade e democracia" para a Síria, pelas mãos de terroristas ex-AlQaeda (agora HTS) e de nazis Ucranianos.

Foi para isto que o Facho-Liberalism fez o 25-Novembro. Se o 25-Abril não tivesse sido enterrado, hoje a Constituição seria respeitada, Portugal estaria fora da NATO, não teria invadido Iraque e colaborado no extermínio de +1 milhão de iraquianos, e não estaria ao lado do império anglo-americano nazi-sionista a apoiar terroristas em Idlib e nazis em Kiev.

Nunca me ouviste nem ouvirás a defender o regresso da URSS, nem dizer que o georgiano Stalin era boa gente. Nunca votei nem votarei no PCP. Mas isso não me impede de ser intelectualmente honesto e, tal como Putin bem faz na Rússia, reconhecer o passado por inteiro: quer o mal quer o BEM que os Soviéticos fizeram por todo o mundo.

É indiscutível que a concorrência do Capitalismo Ocidental contra o Socialismo Soviético foi a garantia dos Direitos Laborais, Estado de Bem-Estar Social, Liberdades, e distribuição de riqueza, que se implementaram no Ocidente entre 1945 e 1991.
Após o fim da USSR que tudo isso tem estado a ser erodido, pois o lado de cá decretou o "fim da história" e passou à fase de retrocessos, da TINA, austeridade, etc. Um NeoLiberalismo extremista.

Nada disto me faz Estalinista. Mas tal como Churchill e Roosevelt, eu também me teria sentado ao lado de Stalin, tal como hoje, percebendo que há um mal maior (o nazi-sionismo GENOCIDA dos porcos imperialistas anglo-americanos e seus vassalos corruptos na EUropa) tenho de me sentar ao lado de Puton, Xi, etc. Isso não me torna fã deles, tal como Churchil e Roosevelt não eram fãs de Stalin.

Quem não percebe isto, não percebe nada. E depois fica admirado por o resto do mundo não estar ao lado da ditadura nazi-fascista da Ucrânia, e em vez disso irem todos (os que importam) visitar Putin a Kazan na cimeira dos BRICS.
Eu tento perceber o que se passa no mundo.
O Facho-Liberalismo ocidental ou não consegue perceber, ou nega a realidade.

A NATO foi seguro de vida do ditador fascista Salazar, que em negociações com o escroque Churchill garantiu que seria co-fundador em 1949, e assim Portugal seria a ditadura fascista mais duradoura da Europa.
A PIDE ganhou calacidade de vigilância, perseguição, e tortura, graças ao know-how vindo do Mi6, CIA, e de França!
O 25-Abril-1974 foi também feito contra isto.
E esse objectivo ficou plasmado na Constituição de 1976: Portugal deve ser neutral.
O 25-Novembro, e as ameaças do embaixador USAmericano, e as vindas do FMI a mando dos vassalos PSD/CDS e PS, não garantiram liberdade nenhuma. Só garantiram que à frente do regime continuariam os vassalos certos para Washington e Londres e Paris, e as elites/oligarquia certas para as corporações desses países.

Hoje tudo o que fazes no PC, smartphone, net, vai parar às bases de dados do Gates, Zuckerberg, Musk, Google, Apple, e no final da NSA e CIA.
Não defendo que devia antes ir parar a Moscovo ou Pequim. Defendo que não devia ir parar a lado nenhum! Portugal mais parecido com a Suíça: militarmente neutral, com democracia mais soberana (sem UE nem €uro) e directa, e sem acordos de envio de informação para a NSA/Washington.
lucklucky 28.11.2024

"colaborado no extermínio de +1 milhão de iraquianos"

Sabe muito bem que quem matou a maioria dos Iraquianos foi a aliança Tikrit-AlQaeda.
Mas se quer ir por aí está dizer que o 25 de Abril matou mais de 1 milhão de pessoas?
Eu não tinha chegado a esse ponto pois muitas pessoas que fizeram o 25 de Abril não queriam um regime Marxista - ou seja sem separação de poderes que leva aos maiores crimes- mas pelos vistos você aí chegou.
Ou que Libertação da Europa dos Nazis a culpa das inevitáveis mortes foi dos Aliados.

"nazi-sionista"
Desde que os Judeus em Israel deixaram o Comunismo e o Socialismo para trás o ódio Marxista á autodeterminação do povo Judeu não tem limites.
Temos o tag genocídio atirado para legitimarem o o que querem fazer.
Se conseguirem convencer que existe um, podem fazer um em retorno.
Como sempre o ódio ao traidor é sempre maior que o ódio ao inimigo. Os Judeus considerados propriedade da esquerda, o que levanta questões curiosas sobre apropriação de grupos etno-raciais como se fossem propriedade privada para exploração da esquerda Marxista assim como esclavagismo intelectual da esquerda Marxista sobre esses grupos.
E não só da Marxista como se viu nas eleições Americanas...
João Pedro Pimenta 29.11.2024

Factos? Isso nem mentira chega a ser, é uma perfeita aberração fruto da propaganda anti-ocidental mais reles e desavergonhada. O Salazar era horrível, mas o Putin, o Assad e restantes aliados já são aceitáveis, não é? Como se a guerra da Síria tivesse sido impulsionada pelos EUA (que foram apanhados de surpresa com a Primavera Árabe) e não pela repressão bárbara do Assad às manifestações pela liberdade dos sírios. O Estado Islâmico nem sequer existia. Chamar os ucranianos "neonazis" é linguagem típica dos raivosos pró-Putin, que não admitem que aquele povo queira aceder À UE ou NATO nem decidir o seu futuro sem uma coleira dos russos. Defendem posições semelhantes às que Hitler defendia nos anos 30 e têm a suprema lata de chamar nazis aos outros. E até parece que o neoliberalismo só surgiu nos anos 90 quando há muito que as teses das escolhas de Viena e Chicago eram seguidas e até aplicadas, e, ironia das ironais, nos anos 90 até estavam fora de moda.

Defensores de assassinos, tiranos e genocidas que chamam "genocidas" a outros, que piada! E ainda queriam a continuação do PREC. Ainda bem que o 25 de Novembro repôs a legitimidade democrática resultante das eleições de 25/04/75 que os "Carlos Marques" queriam travar. É por esse ressentimento e derrota que odeiam o ocidente que, com todos os seus erros, é a que apresenta soluções mais decentes. E que os "Carlos Marques" deste mundo continuem a ser derrotados noutros 25s de Novembro.
Lopes 30.11.2024

A parte em que diz que a URSS ajudou os países a alcançarem a liberdade, como se essa união não quisesse isso sim, ser ela a exercer influência e tirar os dividendos que Portugal tirava é de rir sem parar. A URSS nunca ajudou ninguém em lado nenhum sem ser para depois ir lá mamar, não seja pândego!
A URSS era um estado colonialista, uma união que serviu para a Rússia manter o seu império enquanto que os impérios das outras nações europeias colapsavam. A "união" era um subterfúgio e nada mais já que a Rússia e Moscovo centralizavam tudo em si mesmas exatamente à imagem das outras metrópoles coloniais. Estes rapazes pensam que somos todos parvos e que, lá por terem feito de conta que não eram uma potência colonial e exploradora por pura propaganda, pensam que todos engolimos a patranha. Aliás a URSS, para além de ter sido criada para manter o império russo camuflado, ainda se lançou em expansionismos pelo uso da força e ocupação como no caso do Afeganistão e muito pior no caso da Polónia que dividiu com os próprios amigalhaços Nazis (pois é a amante da liberdade URSS foi colaboracionista ativa do nazismo até que os alemães a atacaram). Mas como isso era pouco, aproveitou-se do enfraquecimento das outras potências para instalar governos e Estados vassalos em África, demonstrando que era efetivamente um Estado colonialista e imperialista que buscava a exploração dos outros.
Se você tivesse um único pingo de vergonha na cara jamais, seria capaz de vir abrir a boca para vomitar a verborreia do costume contra os Estados coloniais europeus como Portugal e, logo após enaltecer as supostas ajudas pela liberdade da URSS, um Estado que repito, foi colaboracinista dos nazis, invadiu e ocupou outros países para os explorar, implantou governos e regimes vassalos em vastas áreas em África e, cereja no topo do bolo, até os seus cidadãos assassinou aos milhões como se estivesse a matar moscas. Um Estado do mais criminoso que alguma vez existiu.

V. 25.11.2024

Tendo em conta que o objectivo escondido de alguns dos principais intervenientes no 25 de Abril era transformar isto num "país amigo" da URSS, é necessário celebrar o momento em que essa possiblidade foi derrotada. É assim que se celebra a História: com os erros e as correcções.
José da Silva 26.11.2024

ó Vpontu essa é a história contada por aqueles que levaram um grande baile no dia 25 de Abril de 1974, uma revolução feita por militares sem um único morto e com o povo nas ruas.
Militares que pretendiam derrubar a ditadura, acabar com a guerra nas colónias, implementando a Descolonização, a Democratização e o Desenvolvimento de Portugal.
Nunca lhes perdoarão, mesmo que inventem que nem sequer traziam balas ou foi tudo organizado pela NATO/Maçonaria/PCP.
E cá estão de novo, agora com esta comemoração do 25 de Novembro de 1975, que nem sequer lhes diz respeito visto se ter tratado de um acontecimento entre os militares do Grupo dos Nove e os do PREC. E quem apoiava os Grupo dos Nove que saíram vencedores?
Não eram de forma nenhuma os que levaram um grande baile no dia 25 de Abril, agora agarrados ao CDS/IL, para disfarçar se agarrarem ao Chega_do de fresco, que o PSD se juntou, por questões de coligação de governamental, como até à data nunca o nunca tinha feito.
V. 26.11.2024

Pá, você pode tentar tapar o sol com uma peneira, mas foi o próprio Otelo que confessou que sempre desejou que Portugal se transformasse num sistema colectivista com recurso a uma ditadura do proletariado.
José da Silva 26.11.2024

ó Vpontu, você agora acredita no que o Otelo disse?
Otelo foi o populista dentro do MFA, percebe pá, tá a ver pá.
Lopes 01.12.2024

Tudo mentira, claro! E, também nada teve que ver com as FP-25 nem nada. Esta gente pensa mesmo que ao repetir o chorrilho de patranhas que repetem até à exaustão as tornam na realidade, é impressionante.
V. 01.12.2024

Acho que é mais para se convencerem a si próprios — já imaginou chegar a meio (ou ao fim) da vida e perceber que tudo em que acreditava é uma mentira e uma monstruosidade sem nome e com milhões e milhões de mortos no seu currículo?

Albino Manuel 25.11.2024

O 25 de Novembro é muito apreciado por quem ainda hoje não digeriu bem o 25 de abril, e é vomitado por quem perdeu nesse dia, os gonçalvistas. Digamos que os grandes defensores das comemorações são os que não perdoaram a Melo Antunes que o PCP não tivesse sido ilegalizado. Creio que era o caso do homem dos comandos da Amadora.

Nota 1: ainda sou desse tempo e lembro-me bem do sentimento de alegria e alívio que tive nesse dia quando o capitão barbudo ficou sem imagem na tv.

Nota 2: como é possível que Marcelo tenha dado a Ordem da Liberdade a Vasco Gonçalves a título póstumo?

Tudo isto tem ar de exumação.
rui castro 25.11.2024

'JAIMITE' está esquecido

Anónimo 25.11.2024

Nota 2: como é possível que Marcelo tenha dado a Ordem da Liberdade a Vasco Gonçalves a título póstumo?

Respeitosamente, qual o espanto?
Boa semana. Saúde.
António R. Cabral
Albino Manuel 25.11.2024

Qual o espanto? Vasco Gonçalves foi o homem de mão na tentativa do PCP de reeditar em Lisboa a revolução de Outubro. Quem viveu esses tempos não esquece nem perdoa. É-me indiferente que hoje tenham mudado completamente de posição. Na altura em que deviam estiveram do lado errado. Como dizem os ingleses, once a..., always a...E é verdade, porque o problema não são as ideias que tiveram ou têm, ms o carácter, que explica o resto.

Dito isto, estes festejos são um absurdo.
lucklucky 25.11.2024

Qual a surpresa ? Marcelo não deu uma bofetada descomunal á Democracia e aos eleitores portugueses logo após terem se dado ao trabalho de votarem nele indo visitar e beijar a mão do Ditador Comunista que chegou ao poder sem votos e se manteve no poder sem votos?
lucklucky 25.11.2024

Sem esta data seriam 7 ditaduras em vez de 6 ditaduras criadas pelo 25 de Abril e ao 1 milhão de mortos por não terem tido o 25 de Novembro em África e Ásia teria de se adicionar as centenas de milhares da guerra civil na "metrópole"...

Paulo Sousa 25.11.2024

Só se chegou a este sururu devido ao trambolhão ético que o PS entendeu dar para aceder ao poder em 2016.
Tudo pelo poder, até negar o papel essencial que se teve no caminho até a uma democracia razoavelmente decente.
A história julgará os “benefícios” que o país alcançou com isso.
Pedro Correia 25.11.2024

Ramalho Eanes - sempre ele, meio século depois, como referência ética na política portuguesa - deu uma resposta clara e lapidar à ínfima minoria que se pôs aos gritos contra a celebração do 25 de Novembro.
«Quem quiser separar as duas datas está a cometer um erro histórico», disse ele. Eanes está agora presente na sessão solene evocativa da efeméride na Assembleia da República, o que diz tudo.
Ausentes estão aqueles que em Novembro de 1975 lhe chamavam "assassino" e "Pinochet". Alguns desses, vergonhosamente, foram condecorados em anos recentes pelo presidente Rebelo de Sousa.
Paulo Sousa 25.11.2024

Para eles a história baseia-se em convivências e ideologia, não em factos. Orwell entre nós.
Lopes 26.11.2024

É curioso que, tenha de ser um militar ex-PR a ser a referência ética desta república e da política portuguesa, quando depois temos um outro eventual candidato presidencial vindo das forças armadas, a quem o atual PR e PM estarão a fazer o que podem para o afastar, com a recondução no cargo de CEMA. Será que os politiqueiros do momento, tal como os desde há 50 anos atrás, continuam a ser eticamente miseráveis? 50 anos a tratarem dos assuntos do país como se o burgo fosse deles é realmente um perigo, deixar alguém de fora entrar, ainda por cima se for alguém com a integridade militar bem enraizada.
Anónimo 26.11.2024

Não terá sido pelo facto de a iniciativa ter vindo de quem não teve nada a ver com o 25 de novembro?
A comemoração é totalmente devida pela importancia do que o que aconteceu teve e tem no país, mas ser quem foi a propor, de facto, é hipocrisia, deviam ter ficado a rezar em alguma igreja como fizeram em 25 de novembro de 1975.

Francisco TAlmeida 25.11.2024

O 25 de Novembro interrompeu o percurso que nos conduziria a uma democracia popular, isto é, a uma ditadura sangrenta.
Também teve a virtude de evitar uma guerra civil que estava iminente.
São duas fortíssimas razões para ser celebrado.
Mas não foi de forma alguma, a instauração de uma democracia plena. Todos os partidos à direita do CDS, incluindo o seu aliado em coligação, a Democracia Cristã do "capitão de Abril" Sanches Osório foram eliminados e impedidos de concorrer às eleições.
Nem sequer foi a reposição da justiça aos que tinham sofrido as sevícias e esbulhos do PREC. Ao invés, deixou sem julgamento os criminosos, incluindo Otelo, que anos depois voltariam a matar.
Incomoda-me o reescrever da História nestas comemorações. Incomoda-me sobretudo a avocação de Jaime Neves. Este deveria ter recebido a homenagem pública que merecia e, talvez mesmo, a promoção ao generalato por distinção em combate. Mas preferiu passar à reserva e retirar-se para Trás-os-Montes. É miserável que venham agora afirmar o seu apoio a uma solução político-militar que ele evidentemente recusou.
Pedro Correia 25.11.2024

Duas breves ressalvas.

Primeira: o PDC não foi impedido de concorrer às eleições após o 25 de Novembro. Foi impedido antes, tal como sucedeu a dois partidos de extrema-esquerda, a AOC e o MRPP. Motivo: todos recusaram subscrever o primeiro pacto MFA-partidos.
Em 25 de Abril de 1976 pôde concorrer à primeira eleição para a Assembleia da República, mas teve uma votação insignificante.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_da_Democracia_Crist%C3%A3

Segunda: Jaime Neves foi promovido a major-general, segundo posto mais elevado da carreira militar. Em Abril de 2009, por decisão do então ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira, sob proposta do Chefe do Estado Maior do Exército secundada pelos responsáveis das restantes armas.
https://expresso.pt/actualidade/jaime-neves-promovido-a-general=f507071
José da Silva 25.11.2024

Julgo que não foi essa a razão da proibição.
O PDC por ter denominação de caracter religiosa
AOC e MRPP por terem foice e martelo como o PCP e poder confundir o votante.
Pedro Correia 25.11.2024

A AOC não tinha foice e martelo: tinha um castelo.
José da Silva 26.11.2024

Sim, também teve esse Castelo de Guimarães com uma estrela, mas antes teve um com foice e uma espiga, em vez do martelo, e uma estrela.
Ex-militante da AO-C 29.11.2024

Esse símbolo que refere era um martelo virado para a esquerda, uma espiga virada para a direita e uma estrela centrada.
Martelar a esquerda, trabalho e comida à direita.
Anónimo 30.11.2024

era uma foice e não um martelo.
diziam que era um embuste da CIA.
Francisco TAlmeida 25.11.2024

Breves esclarecimentos.
O que pretendi vincar era apenas que o 25 de Novembro não permitiu uma democracia plena. Ou, de forma mais clara, que não cumpriu - ou cumpriu muito deficientemente - a promessa de Abril. Não falei do Conselho da Revolução nem dos Pactos MFA-Partidos - foram dois - e só citei o PDC de Sanches Osório, para frisar que nem no programa nem na chefia seria qualquer ameaça para a democracia.
O primeiro foi assinado em Maio de 75, quando os partidos do arco da democracia liberal estavam muito enfraquecidos e amedrontados pelo 11 de Março anterior. O segundo, foi assinado em 26 de Fevereiro de 1976 e foi uma consequência do 25 de Novembro. No entanto, nem deu azo a recuperar partidos afastados à direita e manteve o Conselho da Revolução com poder de veto sobre qualquer legislação e fosse qual fosse o resultados das eleições. Manteve igualmente o "rumo socializante" ou "opção socialista" da revolução portuguesa.
Será interpretação pessoal mas o Pacto MFA-Partidos foi apenas instrumental no final da técnica do salame dos comunistas (definem-se como centro e começam a eliminar os partidos dos dois extremos para o centro). À direita, pararam no CDS porque Amaro da Costa conseguiu ser aceite pela Democracia Cristã europeia e a pressão dos embaixadores levou Otelo a fazer o COPCON romper o cerco no Palácio de Cristal (Jan de 75 se não erro). Daí para diante o CDS ficou protegido. À sua esquerda, eliminaram praticamente tudo (LCI, FEC-ML, MES, PUP e UDP). A AOC não me lembro mas o MRPP foi o partido mais visado no rescaldo do 11 de Março e, inclusive, teve dirigentes presos em Caxias.
O II Pacto recuperou a esquerda mas não a direita. O único partido não declaradamente socialista que foi admitido às eleições e que não tinha assinado foi o PPM mas, verdade seja dita, Ribeiro Telles e Luís Coimbra estavam muito mais próximos do centro-esquerda do que do centro-direita. Aliás o PPM foi a esquerda da AD.
A promoção de Jaime Neves ao generalato, acontece 33 anos depois de estar na reserva. Tem muito mais a ver com a situação política e militar em 2009 do que com o que se passou em 1975. E major-general é o terceiro e não segundo posto. General, tenente-general, major-general e brigadeiro-general, respectivamente, 4, 3, 2 e 1 estrela.
lucklucky 25.11.2024

E o grupo dos 9 "moderados" não aceitava o comunismo nem a europa ocidental. Mais um grupo que queria a mítica 3ª Via.
Francisco Almeida 25.11.2024

Na minha interpretação o Grupo dos Nove não se define pela positiva. O que os uniu foi repudiarem o que se estava a passar. Havia de tudo desde quase comunistas como Franco Charais a direitistas como Canto e Castro. Mas nenhum, salvo Melo Antunes tinha algum
pensamento estruturado.
Tal como no 25 de Abril, também houve uma raiz corporativa. Com raras excepções como seria Vasco Gonçalves, comunista primeiro e militar depois, o corpo de oficiais não tolerava já o quadro de indisciplina geral e a promiscuidade com civis nos quartéis. Hoje, quase 50 anos depois, acredito que esse foi um dos factores que levou à errada previsão de que Lisboa caíria para a esquerda militar. E também acredito que, mesmo com a graduação de Vasco Lourenço em general para substituir Otelo, também graduado, e a promoção de Eanes de tenente-coronel a general de 4 estrelas sem fazer o curso de promoção a oficial general, aceites pela urgência, situações como a do capitão Costa Martins, com mais influência na força aérea do que o CEMFA gen. Morais e Silva, ou do major Diniz de Almeida que "de facto" comandava operacionalmente o RALIS e outras semelhantes na Manutenção Militar e noutros regimentos. estava a desagradar fortemente no corpo de oficiais, independentemente de opções políticas.
Atribui-se enorme importância a Eanes mas, quanto a mim, sem motivo substancial. Chefiou o posto de comando, que teria sido crucial na coordenação, se fossem envolvidas outras unidades mas, na prática só os Comandos estiveram envolvidos. Foi escolhido como não podia deixar de ser. O comando teria de ser do exército, Charais e Pezarat não podiam ser afastados dos comandos das regiões, Melo Antunes sempre fugiu à ribalta e, tal como Vítor Alves, depois ministro da Educação, não tinha perfil. Sousa e Castro e Canto e Castro eram de patente inferior. Duvido que Eanes tivesse na altura opções ideológicas pois era claramente influenciado por Melo Antunes. Aliás, depois da morte de Melo Antunes, Eanes mostrou-se numa pessoa sensata e que concluiu um doutoramento.
É Melo Antunes que cabe no seu retrato. E foi ele mesmo que no dia 26, quando recuperou o PCP, declarou que nem um socialismo de leste nem uma social-democracia ocidental. Pretendia um caudilhismo militar socialista, um pouco ao estilo sul-americano, E isso, foi exactamente o Conselho da Revolução e o rumo ao socialismo plasmado na Constituição.
lucklucky 26.11.2024

Concordo com a falta de estrutura politica de muitos do intervenientes, frases feitas e pouca compreensão. Essas pessoas foram evoluindo conforme a situação e o que iam aprendendo.
É aliás uma coisa que vejo pouco contada, a evolução politica dessas pessoas. O que valorizavam em 1974 e o que valorizavam 1 ano depois por exemplo.

Essa falta de estrutura e consequente volubilidade pode ter sido um dos factores para a guerra civil não ter ocorrido. Quem quer começar uma guerra quando tipo ao lado não é de confiança? Os portugueses desconfiavam todos uns dos outros por isso os grupos mais aguerridos nunca tiveram massa critica.

Em relação ao caudilhismo o problema é que não há hipóteses de unir o país a reconhecer a sua legitimidade, mesmo uma eventual liderança colegial devido à falta de um verdadeiro líder e ás marcadas diferenças regionais e ilhas . A extrema esquerda basicamente actuava na Capital, no Alentejo e dominante nas colónias com os movimentos independentistas.
A Democracia Ocidental: 1 Homem 1 Voto acabou por se tornar o mal menor pois todos preservavam um pouco de poder e riqueza.

Carlos Sousa 25.11.2024

"Vasco Lourenço: é “uma hipocrisia” a direita festejar o 25 de Novembro"
Palavras para quê? Quando um dos protagonistas do 25 de Abril e do 25 de Novembro diz isto, está tudo dito.
Paulo Sousa 25.11.2024

https://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/25-de-novembro-14907082
Pedro Correia 25.11.2024

Jaime Gama também deve ser um perigoso direitista. Ou de "extrema-direita". Ou até "fascista", sei lá.
Carlos Sousa 25.11.2024

"Equiparar o 25 de novembro ao 25 de abril é saltar para as trincheiras de quem procura resolver no presente a falta de passado, fazendo-nos perder tempo para as batalhas do futuro"
Daniel Oliveira no Expresso.
Por aqui se vê quem é que fomenta ódios.
Qual a necessidade de abrir feridas após ter passado mais de 50 anos?
Carlos Sousa 25.11.2024

Não percebi. O que é que tem a ver o Jaime Gama com o Vasco Lourenço?
Paulo Sousa 25.11.2024

Há mais coisas que não entende. Outras finge que não alcança. Mario Soares também errou, etc.
Equiparar ao 25 de Abril? Não arranja melhor argumento do que copiar uma treta mal elaborada? Quer comparar uma cerimónia evocativa a um feriado nacional?
A geringonça já acabou. Pode voltar a respirar.
Carlos Sousa 25.11.2024

Realmente passado 50 anos fazer uma cerimónia evocativa, não era melhor esperar mais 50 anos e aproveitar para comemorar o centenário?
Lopes 01.12.2024

Bom, bom teria sido o país que, se encontrava partido com o sul a pender para o comunismo e o norte para uma nação democrática, ter entrado numa guerra civil. O 25 de Novembro nunca teria existido sem o 25 de Abril, isso ninguém o põe em causa, mas sem ele o país teria muito provavelmente mergulhado na guerra civil entre os totalitários comunistas e os que queriam a democracia e eleições livres. Portanto, digamos que falar duma data destas como se se falasse do dia em que o Ronaldo marcou o golo 100 para a seleção só pode ser uma enorme falta de noção, uma piada de muito mau gosto ou simplesmente a dor de cotovelo dos que foram afastados do sonho de substituir a ditadura do Estado Novo pela ditadura do proletariado e criação de um Estado satélite e vassalo da URSS. Ai a URSS, esse paraíso que colapsou numa miséria total dos seus povos apesar de ter as maiores reservas de energia do mundo, as maiores reservas de metais raros do mundo, as melhores terras de cultivo do mundo, enormes recursos florestais, água doce em abundância em grande parte do território, etc, etc. Eram tão bons e eficazes que mesmo com todo o tipo de riquezas conseguiram acabar na total ruína económica.

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