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Delito de Opinião

Pensamento da semana

Pedro Correia, 12.01.25

Em vez de servir para libertar o ser humano, a tecnologia vai servindo muitas vezes - demasiadas vezes - para diminuir e reprimir a liberdade. Este é um dos mais sérios problemas dos nossos dias.

Este pensamento acompanhou o DELITO DE OPINIÃO durante toda a semana

44 comentários

Maroussia 06.01.2025

Eu penso que deixámos de ser "reprimidos" por Humanos - exemplo - "políticos", certo tipo
de "patronato", da má vontade de - eNe - pessoas e, até de nós mesmos, porque "acatámos" ser o normal, por parte de quem tinha mais "Poder".
Hoje somos escravos da IA, e não é um dos... mas sim o mais sério, problema que vamos ter
de "enfrentar" sem apelo nem agravo. Vence a robótica e nós Humanos, onde vamos parar ?
Pedro Correia 06.01.2025

As máquinas vieram libertar muito o ser humano, isso é inegável até ao nível do trabalho doméstico. Já sem falar na indústria, na agricultura ou nos transportes.
O problema sério ocorre quando um sistema totalitário usa as novas tecnologias para reprimir ainda mais os cidadãos e reduzir direitos humanos básicos.
Carlos Marques 11.01.2025

Sem dúvida, este regime autoritário de censura e ameaça permanente, chamado de "democracia" Liberal, só tem feito mal à humanidade.

Aqui, mais um exemplo da "democracia" Liberal, publicado pelo próprio Haaretz, sob ameaça de fecho pelo "crime" de dizer algumas verdades:

"Israel has something called "Mosquito Protocol" in which they kidnap Palestinian civilians, use them as slaves/human shields, & force them to inspect (likely) boobytrapped areas to spare the lives of IDF sniffer dogs.

Sometimes after the task is done, the IDF shoots them dead!"

Uma chamada de atenção publicada no Telegram (rede social com mais liberdade e menos manipulação do que toda a m*rda anglo-americana, mas que viu a ditadura Francesa prender o seu criador de forma a exigir mais censura ao gosto da "democracia" Liberal Ocidental).

Pelo advogado e professor nos EUA, Dan Kovalik.

link: https://t.me/danielmkovalik/1833

Há vários vídeos sobre este crime cometido pelos nazi-sionistas genocidas da "democracia" Liberal de israel a circular nas redes sociais do império ocidental.

Já se for um herói do Donbass a mostrar os vídeos onde a sua milícia derrota os invasores nazis ucranianos, isso é que não pode ser, e tem de ser logo censurado pelos cagalh*es Zuckerberg e Musk e companhia.

PS: acabei agora de ver uma entrevista ao realizador patriota Oliver Stone no programa do Tucker Carlson, e ao ver este post hipócrita no Delito de Opiniao, as sinapses aconteceram, e o meu cérebro lembrou-se logo do herói denunciante Edward Snowden, que devido ao "crime" de nos alertar para os crimes hediondos do império nazi-sionista genocida (aka "democracia" Liberal) teve de fugir para salvar a vida.

Se vocês aí em casa estão a usar software e hardware desse nojento império, então com 100% certeza estão a ser espiados ilegalmente. Imagino só o que o Uncle Sam e a Mossad saberão sobre os políticos Alemães para os manter com a trela tão curta, calados perante o terrorismo no Nordstresm, perante o Nazismo na Ucrânia, e perante o genocídio com contornos hitlerianos na Palestina ilegalmente ocupada desde 1947, após dois oligarcas anglo-americanos terem desenhado umas linhas ao calhas num mapa para servirem de fronteiras para o seu projecto colonial racista baseado em limpeza étnica e chamado de Nazi logo por Einstein e Arendt quase desee início.

Isto leva-me à melhor tecnologia de todas: a memória. Nunca esquecerei aquela carta ao NYTimes, nem os artigos desse mesmo jornal a alertar para o perigo do nazismo na Ucrânia. Tal como nunca esquecerei a forma como agora fazem de conta de que isso nunca aconteceu.

PS2: e que novas tecnologias de opressão irá o império usar para anexar o Canadá, a Gronelândia, o México, o canal do Panamá, etc. Resposta: todas as que foram testadss pelo MIC no seu "playground" Ucraniano. E agora é o momento ideal: os vassalos Europeus deram tudo o que tinham e ficaram só de cuecas para baixo e cu para cima, mesmo a jeito do Uncle Sam...
Pedro Correia 11.01.2025

Morte ao fascismo russo.
Abaixo o neonazi Putin.
Viva a democracia liberal.
O apartidário 11.01.2025

Mas continuam alguns humanos (até em nome do progresso) a manipular as tecnologias conforme lhes serve os interesses. Vejamos (numa altura que estão muitos preocupados com o Musk e o Trump:

Análisis profundo sobre la transformación del Reino Unido en un estado de vigilancia digital bajo el gobierno de Keir Starmer, revelando un sistema sin precedentes de control social que podría expandirse globalmente. El documento expone las nuevas leyes de censura, el sistema de monitoreo masivo y las implicaciones para la democracia occidental.(do canal Marc Vidal)

https://youtu.be/3nb77Higbt8?si=-FK6TTWlvtKLuhjY
Pedro Correia 11.01.2025

Alguns andam muito preocupados com o Reino Unido de Starmer, Incomodados com a mais velha democracia do mundo.
Eu preocupo-me com os estados de matriz totalitária e de cariz imperialista, como a Rússia de Putin. Que vai repetindo, etapa a etapa, o alucinado percurso da Alemanha nazi nas décadas de 30 e 40 até conseguir novamente incendiar o mundo.
ZEBRA 11.01.2025

E preocupados, segundo compreendi, com a vigilância digital como meio de controlo social... no Reino Unido!!
Deve ser para desviarmos a vista da China, onde semelhante coisa é como o arrozinho xau-xau, já toda a gente procede como se sempre tenha existido... Onde o cidadão comum tem que ir somando "pontos sociais" de comportamento adequado, para poder ser considerado digno de viver com um mínimo de normalidade e sem constantes intrusões.
Tanta informação, tantas redes sociais, não entendo em que mundo alternativo é que estas pessoas vivem. O controlo social no Reino Unido, deve ser o Império Britânico que volta a atacar.
Pedro Correia 13.01.2025

Nem uma crítica aos regimes totalitários. O perigo vem... das democracias liberais.
Assim reza a cartilha deles.

Maria Dulce Fernandes 06.01.2025

Para mim é o grande problema dos nossos dias, Pedro. Praticamente ninguém passa sem telefone, televisão, tablet, computador, etc. Somos cada vez mais dependentes daquilo que nos facilita a vida, em casa, na rua, no trabalho...
Anónimo 06.01.2025

Há uns séculos atrás é que era bom, não havia nada dessas coisas. Nem antibióticos nem anestesias, etc., era tudo ao natural.
Mesmo nas guerras, não havia mísseis era tudo à pancada. Assim é que era bom. Sou do tempo em que nem sapatos havia para muita gente. Estávamos mais próximos da natureza.
Pedro Correia 06.01.2025

Bom, mesmo bom, quase óptimo, era "há uns séculos à frente".
Anónimo 06.01.2025

Está bem, se quiser corte o atrás. Eu já não posso fazê-lo.
Pedro Correia 06.01.2025

Não corto nada, fica assim.
Anónimo 06.01.2025

Também está bem.
Pedro Correia 06.01.2025

São pormenores. É seguir em frente.
Pedro Correia 06.01.2025

O mais preocupante é vermos a robótica e a chamada inteligência artificial aplicadas ao serviço de sistemas autoritários e até totalitários, Dulce.

Carlos Sousa 06.01.2025

"O homem é um animal social "
Se adaptarmos a frase de Aristóteles aos nossos dias vemos que continua correcta.
"Um conjunto de homens forma uma rede social de animais".
Pedro Correia 06.01.2025

Recuso a expressão redes sociais. São redes digitais, sim. Mas cada vez mais associais. Cada vez mais tribais - algo muito diferente, até oposto.

rui castro 06.01.2025

wait and see

«Antes de cairmos na histeria, no entanto, seria bom examinar com algum cuidado os
pressupostos subjacentes a este cenário apocalíptico. Um erro bem conhecido na IA é a
chamada “falácia do homúnculo”, a ideia de que dentro de cada sistema de IA existe um “minihomem” com todas as características dos seres humanos: emoções, desejos, preconceitos,
intenções, motivações, autonomia, até mesmo a consciência. Este erro é natural e muito
comum, especialmente entre os não especialistas de IA, porque os seres humanos raciocinam
por analogia e quando veem um sistema comportar-se de forma inteligente imediatamente
projetam nele as outras características das únicas entidades inteligentes que conhecem: os seres
humanos e outros animais. O erro é agravado por Hollywood, em cujos filmes as IA e os robôs
são sistematicamente seres humanos mal disfarçados, porque essa é a forma mais fácil de fazer
filmes que sejam interessantes para nós
https://rerom.pt/uploads/gestor/e89d1ddc50cd16ff0d50148175fcf5a0.pdf

« Há de tudo como na botica
- link
- responder

ZEBRA 06.01.2025

Sem dúvida. E não foi por falta de avisos da ciência, da ficção e da ficção-científica.
Mas não vale a pena, o nível de alienação é tal que a espécie humana vai mesmo dar um salto evolutivo. E, como diz o Musk, se toda a gente anda "ligada" ao smartphone, não será mais eficiente e confortável ter um chip na orelha? Logo à saída da maternidade, portanto, na orelhinha.
Estou convencida que é desta que vai ser o nosso fim. Somos os últimos do "homo sapiens sapiens", das suas criações e dos seus fracassos. Pela amostra, o que aí vem já não vai ter sapiens no nome, é inútil insistir no acrescento.
Vamos acabar como os chineses, a somar "pontos sociais" para podermos sair de casa, ou comprar papel higiénico.
Pedro Correia 06.01.2025

Quase toda a literatura de antecipação, a que vulgarmente se chama "ficção científica", nos descreve futuros distópicos. Stevenson, Huxley, Orwell, Philip K. Dick. Essa lapidar novela que é 'A Estrada', de Corman McCarthy.
Se estivéssemos (se estivermos) mais atentos a essa literatura, chegamos facilmente à conclusão que o futuro não augura nada de bom.
ZEBRA 07.01.2025

Nada. Só que os que vão viver nesse futuro não o saberão, não saberão o que poderia ter sido, não compreenderão sequer o que a humanidade perdeu pelo caminho...
Porque desta vez não é uma questão de "ai nos bons velhos tempos é que era!", nada disso: desta vez as coisas vão entrar mesmo num caminho sem retorno de desigualdade normalizada, em sentido absoluto; de ser necessária muito menos população, e ainda assim ser de gente de primeira e de segunda e de terceira, uma vez que as tecnologias enfim o permitem.
Nunca os homens de poder tiveram à sua disposição tais instrumentos de manipulação e coação - e a ganância e a ânsia de mando são as mesmas que sempre foram e que arrastaram a História para aqui. Nem as elites, nem o povo, nem a filosofia e ainda menos a religião, nem a política representativa (?) souberam criar ou viver num mundo diferente, liberto das taras atávicas humanas, de possuir e dominar a qualquer custo.
Creio até que já se avançou demasiado e qualquer recuo é impossível.
A menos que seja um recuo até às cavernas, até aos paus e pedras, consequência da guerra - como já previra Einstein. Ou de um cataclísmico "acto de Deus".
Mas eles, os tais que deixámos medrar, têm os seus "bunkers" preparados; e, tal como os ratos, serão os primeiros a abandonar o navio... de foguetão.
Só as tecnologias mudam, os ratos são - e serão -, sempre os mesmos. E os alienados, idem.
Pedro Correia 08.01.2025

Essa assombrosa distopia que é 'A Estrada', de Corman McCarthy, fala-nos precisamente de um previsível recuo até às cavernas, até aos paus e pedras. Que nada têm a ver com as 'Águas de Março', do Tom Jobim.

Nicolau Saião 06.01.2025

É bem verdade aquilo que diz. Vejamos um porquê, que será ao que creio o bastante: porque em vez de se colocar a tónica na verdadeira ciência, a que liberta porque leva em conta todos os pontos, se colocar nos chamados resultantes, que apontam para as facilidades de uma tecnologia que, porque frequentemente espectacular, inibe que se reconheçam as suas fragilidades conceptuais. "Ciência sem consciência", já lá diziam os Mestres Philosophos. Mas quem é que lhe liga/ligava, no campo dos mandantes? O que conta para estes é o vil metal, um capitalismo não saudável mas sem ética e sem vergonha - e repare-se que o denominado, por razões de propaganda, comunismo ou socialismo, não é mais que capitalismo de Estado.
Pedro Correia 06.01.2025

Na China comunista, por exemplo, vigora o mais despudorado e impiedoso capitalismo de Estado.
Nicolau Saião 07.01.2025

Sim, Sr. Correia. E o chamado comunismo foi sempre isso, pese aos sinceros que o pensavam/pensam refrigério social legítimo. Agora, nos estados sociais-fascistas totalitários como a China, a Coreia do Norte e a Rússia o poder é exercido por uma casta de apparatchikis argentários, como dantes na URSS era exercido pelos membros do soviete. Apenas mudaram de enfoque e de nome. E de métodos de controle canalha. E nos valetes deles (Cuba, Venezuela, etc.) o panorama é semelhante. Por todos esses lados, a corrupção, a exacção nefanda e o cinismo fazem as suas "leis" de não mais que "estados criminosos", como os defini no pequeno ensaio "O crime e a sociedade".
Saudações cordiais.
Pedro Correia 07.01.2025

Cordiais saudações, iremos debatendo este e outros temas.
Anónimo 11.01.2025

"Sociais-fascistas"? Só no MRPP usam esse termo.
Pedro Correia 11.01.2025

Os sociais-fascistas ficam muito perturbados quando vêem críticas ao social-fascismo.
Sentem-se atingidos.
Nicolau Saião 11.01.2025

Não. No léxico, que vai além desse partido que não sei se ainda existe, a expressão tornou-se proverbial para referir colectivos que se dizem socialistas, ou afins, mas se exercem realmente como totalitários. Assim, no contexto expressivo, um social-fascista tanto pode ser um estalinista, como um trotskista (adepto do "carniceiro de Kronstadt"), como um assecla norte-coreano ou venezuelano madurista, ou um ferrenho fanático de P.N.Santos, um misto de Zé Colmeia (pela estatura) com o Donald Duck (pelo temperamento e postura discursiva). Facilita-se, assim, a designação autoritária-brutalizadora. Saudações cordiais.

V. 12.01.2025

Parece-me que o equívoco está na ideia de que a tecnologia liberta ou prende. De más formulações só podem sair más ideias. Ou ideias inconsequentes. Hoje em dia há inúmeras falácias como esta criadas pelo pensamento médio, que é celebrado em excesso pelos seus cultores.
Pedro Correia 12.01.2025

Toda a moeda tem duas faces. A tecnologia liberta e escraviza, em doses desiguais.
V. 12.01.2025

Mas liberta de quê? E escraviza como? Há-que distinguir tecnologia (os computadores, a computação, que são apenas ficheiros e infra-estrutura) das "redes sociais". A tecnologia é uma infra-estrutura mecânica, as redes sociais são espaços de sociabilidades cuja destreza não depende da computação — dependem da educação, da cultura e do bom-senso.

Depois de décadas a confundir quantidade com qualidade e a dar espaço a qualquer bronco para se tornar num cidadão "participativo", os meios de comunicação criaram um monstro que agora não conseguem controlar: a ideia de que o que qualquer pessoa diz importa muito e que muitas pessoas juntas são um fenómeno importante. Não é. É apenas um conjunto de baratas de volta do mesmo torrão de açúcar.
Pedro Correia 12.01.2025

Basta o exemplo da tecnologia nuclear, agora de novo tão em debate - no Ocidente, pois estes debates só ocorrem nas democracias de matriz ocidental. Nos outros regimes, noutras latitudes, é comer e calar.
ZEBRA 12.01.2025

V.: Bom, suponho que até o "pensamento médio" consiga compreender que a tecnologia é um meio, um instrumento, para a tal libertação ou subjugação. A formulação será abreviada, isso é evidente, mas tal acontece com muitos conceitos demasiado complexos para poderem ser "bem" formulados fora de literatura especializada. Por exemplo, é evidente "má" formulação dizer que a medicina salva vidas - quem salva vidas são os profissionais de saúde, os medicamentos, os exames e tratamentos, etc. Mas a não existir esse método de simplificação lógica dos conceitos, abordar determinados temas tornar-se-ia, na prática, impossível.
V. 12.01.2025

Caríssima (Zebra), mas é precisamente essa simplificação que cria os equívocos – e todo este ruído que não nos deixa verdadeiramente conversar.
ZEBRA 13.01.2025

Claro que tem razão, caro V.! Mas, não simplificando, teríamos que entrar no domínio dos diferentes sistemas políticos e respectivos usos instrumentais da tecnologia, nas suas vertentes económicas e de controlo social; depois de falarmos sobre os "como", teríamos que falar sobre os "porquês", e aí passávamos à filosofia política: quais os fins últimos que esses sistemas políticos pretendem atingir, porque existem esses sistemas e não outros, porque os aceitam os indivíduos?
Em que sentido e em que medida os fins podem justificar os meios tecnológicos?
E teremos chegado a um tempo em que os fins últimos perderam, de facto, toda a relevância, ofuscados pelo sucesso imediato dos meios tecnológicos, que aliás passam a fundamentar novos tipos de autoritarismo, e em qualquer caso populações cada vez mais alienadas e anómicas?
Sem dúvida, conversas muito interessante, e importantes, mas pano para muitas mangas...

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