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Delito de Opinião

Pensamento da semana

jpt, 30.07.23

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É fácil cair numa visão escatológica do poder, aquilo do isto estar pior do que nunca... Pois a realidade sempre parece dura, também devido à memória selectiva que nos faz matizar as agruras passadas. E sempre surgem problemas na governação. Tudo isso sublinhado pelo democrático escrutínio feito pela imprensa. 

As actuais interrogações na Defesa, por hábito sector secundário para a opinião pública, são exemplo de tudo isto. Mas este mero fotograma enfrenta esse decadentismo espontâneo. Pois o ombrear dos dois últimos ministros da Defesa obriga a lembrar aquele que os antecedeu, Azeredo Lopes. O do episódio mais pungente deste regime, quando se defendeu em tribunal afirmando-se intelectualmente incapaz de compreender os relatórios sobre os assuntos que tutelava. Goste-se ou não dos seguintes, Cravinho e Carreiras, não é crível que estes venham a descer a tamanha indignidade. Ou seja, por este lado se deduz que nem tudo está a resvalar para o Apocalipse!

Mais importante para se ultrapassar o tal decadentismo é perceber que não é muito fiável o fluxo informativo crítico do rumo nacional. Não por acinte ideológico ou interesses esconsos das empresas da imprensa e seus trabalhadores. Mas devido à sua incultura incompetente, que lhes impede a compreensão do real. E assim lhes inviabiliza qualquer análise fidedigna. Também disso esta imagem é exemplo maior. No rodapé (aquilo a que os básicos chamam agora "oráculo", algo que os torna credores de péssimos, até mortais, augúrios) a SIC anuncia que "(o ministro) Cravinho foi novamente no Parlamento". Este linguajar boçal é uma empresarial onamatopeia intelectual. Algo recorrente, ali e alhures, mas raramente tão gutural. Entenda-se, esta gente que forma a opinião pública não tem os instrumentos básicos (léxico, sintaxe, quejandos) para pensar com discernimento. Por isso quando com afã professam o tal decadentismo convém recordar que nem sabem falar. Sendo assim, ao invés do que tantos propalam, não estamos a resvalar para o Apocalipse. Ou seja, há futuro...!

 

Este pensamento acompanhou o DELITO DE OPINIÃO durante toda a semana

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