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Delito de Opinião

Pensamento da Semana

Diogo Noivo, 08.11.20

Os jantares podem congregar seis amigos, mas as celebrações não podem ir além dos cinco convivas. Os mercados e feiras de levante estão proscritos, mas o centro comercial mantém as portas abertas. Temos o dever cívico de ficar em casa, mas também o dever cívico de ir a restaurantes, livrarias, cabeleireiros e demais estabelecimentos comerciais. Em síntese, a estratégia de combate ao Covid passa por baralhar o vírus até ao ponto da extinção.

Este pensamento acompanhou o DELITO durante toda a semana

19 comentários

balio 02.11.2020

Excelentes pensamentos. Estou completamente de acordo.

Já agora: o que é uma feira "de levante"?
Tiro ao Alvo 02.11.2020

Feiras de Levante é uma designação sem sentido, se se quiser referir às muitas feiras e ferinhas que ocorrem por esse Portugal fora.
Cheira-me que o termo foi inventado por alguém que queria dizer feira de ciganos. Modernices...
balio 02.11.2020

Não, não deve ser de ciganos.
Há as feiras que ocorrem em recintos próprios de vilas semanalmente, ou em dias fixos do mês. Muitos dos feirantes nelas são ciganos. Essas feiras fazem parte das tradições das vilas, e continuarão a existir.
As "feiras de levante" devem ser as que se fazem no meio de ruas, em pequenas tendas e barracas. Os feirantes nelas não são ciganos, são pessoas que vendem quinquilharias, antiguidades, produtos caseiros e coisas que tais.
Anónimo 02.11.2020

Vá ao Google que lá explica. Foi o que fiz.

O Inconveniente 02.11.2020

O pânico continua lançado.
Graça Freitas entretanto, já terá levado nas orelhas, após revelar o método de contagem de mortes por covid, totalmente diferente dos restantes países. Palavras dela. Ou seja, os números de mortos não são exatos e ela fica toda contente, porque arredonda para cima. Pois, mas o estado de pânico fica lançado.
Segundo a Graça, um morto é contabilizado como covidesco, se o último registo hospitalar for o teste positivo ao covid. Isto é, um indivíduo que padeça de uma doença em estado avançado, faça o teste positivo à covid ontem e morra hoje de ataque cardíaco, morre de covid. Muito bem. Um indivíduo que morre de acidente automóvel e que dois dias antes foi positivo à covid, morre de covid.
Muito bem. Então em vez de se fazerem investigações para perceber o real motivo da morte, dá-se como morte por covid, qualquer uma ocorrida a um doente infetado, caso o teste positivo seja o último registo hospitalar.
Por outro lado, um doente covid, que entretanto vai ao hospital por um problema renal e morre no dia seguinte, já morre de problema renal e não de covid. Isto é um absurdo.
Singapura alterou a fórmula de contabilização. Determina como morte por covid, apenas aqueles que sendo positivos, morrem de infeção pulmonar. Os positivos que morrem de outras doenças e têm histórico dessas doenças, não são contabilizados como mortos por covid, mesmo que infetados.
Também contabilizam como covidescos aqueles que não tendo histórico de doenças, morrem por infeção pulmonar.
A mim parece-me a forma mais correta de contabilizar. Mas assim não se lança o pânico e o pânico instalado interessa e muito a muita gente.
Incompreensível é também a opção de testes pelo sns. Optam por testes cujo valor é de cerca de 100 euros, quando poderiam optar pelos testes semelhantes aos da Cruz Vermelha, cujo valor é de 25 euros e tem a vantagem de determinar o grau de intensidade do vírus no testado. Mas mais uma vez a alguém interessa este negócio. A unilabs continua a faturar milhões e prevê o aumento dos testes em 15%, com o patrocínio do estado.
E quem paga é o contribuinte.
É que de 100 para 25, vai uma enorme diferença.
Cheira a esturro, como tanta coisa nesta pandemia cheira a esturro.
Anónimo 02.11.2020

É a diferença entre causa básica e evento terminal que leva à manipulação dos dados.
A língua portuguesa é muito traiçoeira, e quando a história é mal contada só leva a interpretações erradas, desconfiança no sistema, e revolta das populações.
Carlos Sousa 02.11.2020

É só para dizer que o anónimo do dia 2.11.2020 às 11:46 sou eu. Não haja más interpretações.

Antonio Maria Lamas 02.11.2020

Com o devido respeito, permita-me discordar.
O senhor Primeiro Ministro teve mais uma decisão brilhante, como todas, aliás.
Ao proibir uma reunião de mais de 5 pessoas, mas não um almoço/jantar de 6, obriga as reuniões a 6, serem feitas nos restaurantes, contribuindo assim para a não falência do sector.
Quem não perceber isto, não é estúpido, é fascista.
balio 02.11.2020

Pois. Nada como a sua opinião antifascista para esclarecer as coisas.
Há que ter em conta que 5 é um número redondo, é uma mão cheia, é metade de 10. Por outro lado, 6 é um número quadrado, mas acontece que as mesas nos restaurantes são para um número par de convivas, e portanto se dão para 5 também dão para 6.
Anónimo 02.11.2020

Tem muita razão.
Estúpido é o gajo que vem dizer que o primeiro ministro teve MAIS UMA decisão brlhante.

AL
Antonio Maria Lamas 02.11.2020

Sem dúvida que um povo que não percebe a diferença entre a ironia e "nonsense" da realidade, merece o PM e os governantes que tem.
Marques Aarão 03.11.2020

Certeiro.

Anónimo 02.11.2020

As feiras de levante, vai-se ver, são as feiras que fazem por aí e quando aparece a polícia, os desgraçados "alevantam" tudo, tapam os taranecos para não lhes pregarem a multa e desaparecem que é um ar que lhes dá, para não irem de cana!
O Sr. Primeiro Ministro não pode fechar tudo, senão fica sem fundo no orçamento, para ajudar os pobres !
Se morrerem alguns até a economia melhora...
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Matemático Ignorante 08.11.2020

"a estratégia de combate ao Covid passa por baralhar o vírus até ao ponto da extinção."
Não é bem assim. Até pode ter razão nalgumas observações mas denota uma evidente incompreensão do que é a Estatística e a Teoria das Probabilidades. Não me espanta, a maior parte das pessoas pensam também assim. E nota-se muito quando falam da acção de medicamentos e vacinas. Não vou esclarecer aqui mas penso que um melhor conhecimento, mesmo que muito elementar, da Teoria das Probabilidades não faria mal a ninguém e evitaria muita discussão inútil.
Também ignoro muita coisa (mesmo muita) mas acho que as inutilidades fazem parte da vida e muitas vezes até divertem (e, portanto, são úteis .... contradição!!).
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