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Delito de Opinião

Pensamento da Semana

João André, 04.10.20

Livros sobre gestão são habitualmente uma fraude. Existem em 3 tipos: 1) compêndios de senso comum que cabem em duas páginas e esticados em forma de encher chouriços para dar um livro. 2) pré-conceitos e teorias que nunca foram aplicados ou quando aplicados, não foram bem sucedidos porque não o foram correctamente. 3) listas do que foi feito pelo gestor/autor e que foi bem sucedido, onde um caso de sucesso (teórico) valida toda uma nova teoria.

Há livros que apoiam a gestão, como livros sobre diferentes culturas, psicologia, etc, que são úteis, mas os livros de gestão, de management (não podemos falar em português, não serve), não dizem mais que vacuidades, coisas óbvias ou criam "conceitos" sem qualquer sentido.

Há no entanto um tipo de livros que é perfeito para se aprender management. Esta gestão não passa de gestão de pessoas, desde indivíduos a grupos. A melhor fonte que existe para compreender pessoas e saber como lidar com elas é a Literatura. Os clássicos. Os clássicos foram escritos por homens e mulheres que, antes de mais, observaram e estudaram outras pessoas. São clássicos não só pela qualidade da escrita mas também pela forma como os seus mundos são reais ou são excelentes alegorias do real. São estes os verdadeiros livros de management.

Há mais lições de gestão numa página de Guerra e Paz que em toda a obra de Stephen Covey. Jane Austen seria capaz de concentrar How to Win Friends and Influence People em 2 páginas. Os Maias poderia ser lido como um estudo de políticas internas na direcção de uma empresa.

Leiam os clássicos. Está lá tudo. E dão muito mais prazer.

 

Este pensamento acompanhou o DELITO durante esta semana

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