De Anónimo a 11.10.2018 às 17:45
Caro Pedro:
Frase visionária, ao nível qualitativo da decisão de censurar a candidatura do livro do Saramago, através do moço de recados Sousa Lara.
Um favor feito ao júri, que não teve o trabalho de recusar-lhe o prémio.
Teve ainda mais duas frases lapidares: aquela em que elogia o Programa (socratino) de Obras da Parque Escolar, pois estimulava o tecido empresarial interno (e a corrupção em larga escala, como se viu).
E a terceira, quando afirmou, sem pestanejar (fazendo tandem com outro visionário, o Governador do BdP, Carlos Costa) que o então BES estava de boa saúde, tranquilizando, assim, os Portugueses, para nele depositarem as suas economias (em produtos BES, garantidos pelo património «indestrutível» do Grupo BES, como papagueavam os funcionários do banco aos clientes).
Estas três frases visionárias talvez ajudem a explicar a situação que vivemos, de recente bancarrota (e a actual de pré-bancarrota, só falta a Itália ter um forte espirro, quanto mais uma constipação).
Com estadistas assim, irás longe, Portugal.
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P. S. Para não falar da criação, em 1989, do NRRFP (Novo Regime Retributivo da Função Pública), a que Miguel Beleza chamou Novo Regime Ruinoso da Função Pública.
A luta dos professores, e suas consequências financeiras, confirma-o.
Abaixo o Kavako, abaixo, Pim!, diria o Almada Negreiros.
(Manuel Silva)
Esta frase, para mim, é das mais reveladoras do que foi o mandato presidencial de Cavaco.
Com a agravante de tratar-se de um professor de Finanças Públicas. Tinha, portanto, responsabilidades acrescidas quando se pronunciava sobre esta matéria.