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Delito de Opinião

4 comentários

  • A TAP seria um problema muito maior nas mãos do Estado - especialmente para os seus trabalhadores, logo que se desse início à reestruturação exigida pela UE, de modo a poder ser recapitalizada pelos contribuintes.

    Um post sobre a falência da banca porquê? Já escrevi muitas vezes que tenho dúvidas quanto à melhor forma de lidar com essas situações. Por um lado, acho que deveriam simplesmente falir, por outro temo, de facto, algumas consequências. Acima de tudo, parece-me ser necessário entender que:
    - Eles estão em situação frágil por erros próprios e por políticas centrais que permitiram que "jogassem" com uma percentagem demasiado elevada dos recursos captados;
    - Políticos e cidadãos adoraram e incentivaram essa política porque permitiu conceder crédito barato; evidentemente, agora não gostam de receber a factura;
    - Os políticos continuam a clamar por crédito barato e os Bancos Centrais a tentar inventá-lo;
    - O crescimento da economia permitiria diminuir as perdas decorrentes de crédito mal parado - mas, feito sem sustentação, traria ainda mais problemas a prazo;
    - Ou se exige que, independentemente da conjuntura, os bancos subam os rácios e então vão precisar de dinheiro e o crédito à economia vai descer, ou não se exigem rácios mais elevados e aumenta o risco de, a prazo, em mais um solavanco da economia, eles precisarem de ainda muito mais dinheiro;
    - Para além do(s) Estado(s), só há outra via de os capitalizar: os depositantes.
    Soluções milagrosas? Não as vejo.
  • Sem imagem de perfil

    William Wallace 19.12.2015

    Alegar uma dificuldade para sustentar um erro ainda maior não me parece boa estratégia de gestão dos negócios do Estado.
    Querer esconder que a TAP será desmantelada no médio prazo com este negócio não é correcto, poderia eventualmente acontecer o mesmo com uma reestruturação feita pelo Estado mas o que aconteceu foi que a administração actual com todos os méritos que tem (e tem-nos) seguiu uma politica de terra queimada (apoiada pelo governo PAF ) pondo a TAP a jeito para este tipo de situação, recorde-se que a empresa não recebe um tostão do Estado desde o ano 2000 e sobreviveu ás crises de 2001 e 2008.
    Foi instrumentalizada pelo governo PS de Sócrates quando adquiriu a Portugália que estava falida ao grupo BES (por 140 milhões de euros) e a VEM no Brasil que foi outro negócio de muito duvidoso (no minimo ) interesse.
    Obviamente os negócios do Estado têm sido geridos com base nos interesses dos sucessivos gangues que controlam a governação.

    Em relação ao capital estrangeiro não tenho qualquer objecção (nem o PC terá), o que tenho é contra negócios ruinosos que prejudicam os contribuintes e a economia (a sua competitividade) como se pode ler nas sentenças do Tribunal de Contas, repare que a TAP em 15 dias aumentou os preços de forma abrupta ou por exemplo a ANA já aumentou as tarifas 5 VEZES desde que foi concessionada há menos de 2 anos, estas atitudes prejudicam gravemente a competitividade da economia Portuguesa porque se trata de empresas com monopólios naturais (ANA) ou da MAIOR exportadora de Portugal e que promove Portugal fora do mesmo sem que isso custe um cêntimo aos contribuintes.

    P.S. - Também defendo a falência dos bancos e na minha modesta opinião só vejo efeitos positivos nisso, caso as falências fossem "puras" e salvaguardassem somente os verdadeiros depósitos e permitissem que quem tem dividas a esses bancos se visse livre das mesmas.
    Caso saiba gostava que me indica-se um caso em que os "verdadeiros" depósitos bancários dos depositantes foram integralmente pagos após falência de um banco e se tal não aconteceu é porque a garantia até 100 mil euros é virtual e mais um meio de suster artificialmente um sistema baseado em expectativas e não em suportes tangíveis devidamente escorados.
  • Claro as garantias são virtuais. E, em grande medida, só podem sê-lo: nenhum sistema bancário tem capacidade para criar um fundo para suportar todos os depósitos até 100 mil euros. A garantia é, portanto, dos contribuintes e é por isso que tenho dúvidas: deixar falir não é muito diferente de "salvar", desde que os accionistas paguem parte da conta. Pode até ser pior, se existir efeito "bola de neve". Outra hipótese é esquecer-se a garantia dos depósitos e limpar-se mesmo o sistema, doa a quem doer.
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