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Delito de Opinião

Os vinte mais infectados

Pedro Correia, 08.05.20

Um mês depois, trago aqui novamente o quadro detalhado da evolução do novo coronavírus por todos os países e territórios do planeta, com base em mais de duas dezenas de fontes consultadas e confrontadas - desde logo, a Organização Mundial de Saúde. 

Chamo especial atenção para a proporção entre o número de infectados e cada milhão de habitantes dos países que constam deste quadro incompleto (a Coreia do Norte, por exemplo, está ausente).

Um registo que me leva a ordenar assim os países com registo oficial de Covid-19 da seguinte maneira, excluindo micro-estados e nações com menos de um milhão de habitantes:

 

Espanha: 5.494 casos por milhão de habitantes

Irlanda: 4.533

Bélgica: 4.437

EUA: 3.906

Singapura: 3.579

Itália: 3.570

Suíça: 3.481

Reino Unido: 3.045

França: 2.678

PORTUGAL: 2.620

Holanda: 2.438

Suécia: 2.438

Bielorrússia: 2.134

Alemanha: 2.022

Israel: 1.893

Panamá: 1.824

Peru: 1.775

Áustria: 1.749

Dinamarca: 1.741

Canadá: 1.720

 

Notas a destacar, em comparação com a estatística anterior: a impressionante subida da Irlanda, que ascende do décimo posto ao segundo lugar; entrada da Bélgica neste pódio nada invejável; a subida de cinco lugares dos EUA, que há um mês estavam em nono; entradas directas de Singapura e Reino Unido nos dez mais; descidas acentuadas de Itália (era terceira), França (estava em quinto) e Alemanha (a 8 de Abril ocupava a posição sete). 

Portugal baixa ligeiramente, passando de oitavo a décimo. Ainda assim, baixamos menos do que a Áustria (era sexta, agora está em 18.º) ou a Alemanha (que desce sete lugares). A Noruega, que há pouco mais de um mês figurava no oitavo posto, agora nem entra nos vinte mais.

Este quadro regista a progressão do vírus de Oriente para Ocidente com o claro aumento de casos de infecção em países como Panamá, Peru e Canadá. E confirma os sérios riscos do laxismo sanitário com a entrada para os vinte mais infectados da Bielorrússia, a última ditadura da Europa, onde o tirano Lukachenko qualificou a pandemia de "psicose", não decretou medidas de restrição para prevenir o alastramento dos contágios e até recomendou umas bebedeiras como forma de deter o vírus. Dele, no entanto, ninguém fala por cá.

 

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Deixo também aqui novamente o registo da relação entre o número de óbitos confirmados e a população de cada país, por milhão de habitantes. Continuando a seleccionar quinze:

Bélgica: 726

Espanha: 558

Itália: 495

Reino Unido: 451

França: 398

Holanda: 309

Suécia: 301

Irlanda: 284

EUA: 232

Suíça: 209

Canadá: 117

PORTUGAL: 108

Equador: 94

Dinamarca: 89

Alemanha: 88

 

Destaco aqui a dramática subida ao topo da Bélgica (um país de que se fala muito pouco em associação com a pandemia, apesar de quase todos os órgãos de informação portugueses terem correspondentes em Bruxelas). Neste caso por troca com a Espanha, enquanto a Itália - que já esteve em primeiro - ocupa agora o último lugar deste lamentável pódio. 

Destaques, também aqui, para as subidas oriundas do continente americano: desde logo o EUA (que saltam de sétimo para quarto), além das entradas directas do Canadá e do Equador. Tendência ascendente para o Reino Unido (que era sétimo há um mês) e a Irlanda (anterior décimo).

Portugal, infelizmente, sobe um lugar. Há um mês estávamos em 13.º, com números muito semelhantes aos da Dinamarca (agora em 14.º) e da Áustria (actual 17.º e que portanto já nem integra este quadro). Tínhamos também à nossa frente o Irão, que entretanto caiu para 16.º. E somos agora o oitavo país da União Europeia com mais óbitos por milhão de habitantes: também aqui subimos um posto.

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