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Delito de Opinião

Os símbolos da JMJ

Paulo Sousa, 26.05.23

Ontem, na sequência de um pedido impossível de não atender, acompanhei a chegada dos símbolos das Jornadas Mundiais da Juventude à minha Freguesia.

Os símbolos estão circular por todo o país, diocese a diocese e quase paróquia a paróquia. Passamos pelo quartel dos Bombeiros Voluntários que, depois de uma bênção especialmente dedicada à época dos incêndios que se aproxima, os operacionais disponíveis escoltaram a pé a carrinha que transporta os referidos símbolos até à igreja matriz.

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Ali, estavam à espera alunos desde o pré-escolar até ao ensino secundário. Alguns, apenas para aproveitar a borla para faltar às aulas, a contar com esta, terá sido a primeira vez que entraram numa igreja. Nem todos, mas alguns. O ambiente era de festa. Muitas palmas com o hino das JMJ em loop sempre em altos decibéis, acompanhado pela coreografia comandada pelo Zé Luís, um empresário do ramo das telecomunicações que nestes dias cedeu à diocese a carrinha com que habitualmente transporta postes das linhas telefónicas.

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Soube de alguns pais que, avisados do evento, proibiram a escola de expor os seus resguardados filhos de tal tormento. Coitados, no futuro, num debate em que alguém queira falar sobre a importância do cristianismo na nossa cultura, no que designamos como ocidente, por desconhecimento, nem saberão o que dizer. E já nem falo dos símbolos do nosso país.

Os símbolos da JMJ, de que já aqui falei, são compostos por uma cruz de madeira, com quase quatro metros de altura, e por um ícone de Nossa Senhora, que parece ser de inspiração ortodoxa. Esta cruz específica foi construída de acordo com a vontade de João Paulo II em 1984 e, além de todos os países onde já se realizaram as JMJ, já visitou mais de 90 países e já foi tocada por milhões de pessoas. Eu próprio vi crianças, jovens e idosos, alegres, a querer tocar-lhe.

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Passamos também por três empresas que solicitaram que os símbolos por ali passassem. Em duas delas, a laboração foi interrompida para que os trabalhadores pudessem assistir ao breve evento.

Paramos ainda num lar de idosos, onde a passagem dos símbolos foi o motivo para interromperam as suas, imagino, monótonas rotinas.

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Em cada uma das paragens, o Padre António explicou brevemente o significado destes símbolos, fez uma pequena oração e repetiu que a cruz representa Cristo ressuscitado e por isso representa a paz. Em cada paragem, foram distribuídas bênçãos e, sem excepção, vi que atrás da caravana dos símbolos, deixamos pessoas satisfeitas e alegres.

4 comentários

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    Paulo Sousa 26.05.2023

    Se a Igreja Católica tomasse decisões a partir das indicações de um focus group, já teria acabado com o celibato. Eu acho que isso acabará por acontecer, mas esse não era o tema do postal.
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    eu 26.05.2023

    Paulo Sousa certo, não é o tema do postal.
    Mas, fiquei muito admirado com o ponto de vista do bispo Ornelas.
    Se o bispo acha que os padres podem ser homossexuais se forem bons padres, então por que não serem heterossexuais desde também que o sejam. É isto que o bispo quer dizer ?
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    Paulo Sousa 26.05.2023

    Sou porta-voz de mim próprio e a exegese diocesana não é o meu forte.
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