Os papagaios de Putin (3)
24 de Fevereiro, Record TV Europa:
«Na óptica de Moscovo, esta ofensiva está a ser conduzida porque Moscovo reconhece quer Lugansk quer Donetsk como dois estados soberanos. À luz do direito internacional - e eu tenho uma tese de doutoramento sobre a Rússia e a Ucrânia, portanto posso falar de direito internacional - não existe nenhuma regra que nos diga quais são as condições para que um estado passe a ser soberano. Desde que consiga manter relações internacionais com outros estados, como é o caso destas duas repúblicas, isso indica que já podem ser reconhecidas como estados soberanos.»
«Moscovo está a dar resposta, à luz do direito internacional, a um direito de defesa que estas autoridades soberanas têm enquanto estados soberanos. Logo, não está a invadir qualquer país terceiro: está a neutralizar uma ameaça contra estas duas repúblicas, que neste momento precisam de ajuda.»
«Não existe nada que diga que aquilo que Putin está a fazer é deveras proibido.»
«A óptica de Moscovo é atacar os alvos militares, nunca atacar alvos civis e apenas neutralizar a capacidade ucraniana de poder contra-atacar quer as duas repúblicas que pediram ajuda a Moscovo quer mesmo conduzir uma retaliação contra Moscovo.»
«Putin tem procurado seguir todo o processo formal, todo o legalismo que o direito internacional prevê.»
«Isto à luz do direito internacional está totalmente imaculado.»
«A Rússia já está habituada a lidar com sanções. (...) Indiferença total. O rublo vai aguentando.»
«Quem é que vai conseguir garantir o pão na mesa dos portugueses? É a NATO? Isto é que é importante perguntar.»