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Delito de Opinião

Os novos tabus

Teresa Ribeiro, 06.01.15

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Pode não se ter vocação para advogado, ou para professor, ou para arquitecto, ou para médico, ou para detective. Pode não se ter qualidades para ser um bom atleta, modelo ou actor. Pode não se ter perfil para líder, vendedor, gestor, relações públicas, assistente social...

Podia continuar a enumerar profissões, ou ocupações cujas características exigem certas competências por parte de quem as exerce com a certeza de que todas as afirmações seriam aceites como algo que de tão óbvio nem carece de discussão. Se há coisas que esses concursos de televisão mostram até à saciedade é como são patéticas as pessoas que não se enxergam e teimam em querer ser o que não podem como cantores mesmo não tendo voz, ou empresários, embora revelando a mais absoluta falta de instinto para o negócio.  

Tudo isto é evidente, mas... ninguém ouse dizer que não tem capacidade para ser aquilo que a cartilha liberal revela como estando ao alcance de todos. Ninguém diga de si próprio que não tem espírito empreendedor, porque mais politicamente incorrecto não poderia estar a ser. Corrijo: mais político não poderia estar a ser. Porque afirmar essa incapacidade é primeiro que tudo uma declaração política. E quem o fizer arrisca-se a junto com a desconfiança e a censura dos convertidos levar o rótulo de preguiçoso, acomodado, cobardolas, piegas.

Não tem perfil de empreendedor? Sério? Shiuuu!!! Não diga isso a ninguém. 

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