Os mesmos
Os mesmos que se atiram com fúria ao Padrão dos Descobrimentos concebidos pelo arquitecto Cottinelli Telmo, um dos grandes nomes do modernismo português, e se encarniçam contra sete quadros existentes no salão nobre da Assembleia da República, concordam certamente que as solenes exéquias de um Chefe do Estado, como agora aconteceu com Jorge Sampaio, ocorram no magnífico claustro do Mosteiro dos Jerónimos, mandado edificar por D. Manuel I em 1496 em homenagem à Virgem de Belém para abençoar os navegadores portugueses na façanha dos Descobrimentos.
Por um dia, anteontem, os ferozes arrasadores de símbolos históricos deram-nos tréguas. Ainda bem.