Os comentários da semana
«E o Nobel da Medicina vai para... Bob Marley.»
Do nosso leitor Sampy. A propósito deste meu texto.
«Convinha que tais autores cantarolassem qualquer coisa de seu, com gaita de beiços e violão... mas sem drunfos.»
Do nosso leitor Belial. A propósito deste texto do José António Abreu.
«"Romance" na sua génese é uma composição poética para ser cantada. Corresponde à balada medieval. É a génese de toda a literatura. Pode ser boa ou má, mas é literatura. O primeiro registo literário da língua portuguesa é a cantiga da Ribeirinha dedicada a uma amante de D. Sancho.»
Do nosso leitor Xico. A propósito deste texto do Rui Rocha.
«O Gilgamesh também é outra modernice rock e daí nunca poderia nascer coisa séria. Aliás, o Homero e Hesíodo também não passaram de uns escrevinhadores de palhaçada poética transmitida oralmente; o Lucrécio idem, já para não falar da palermice oriental com os haikus e outras coisas assim em que as sílabas e a respiração e o ritmo estavam todas ligadas. Literatura mesmo e poesia a sério, sem efeitos visuais como Raban Mauro ou charadas visuais de hypnerotomachias de Polifilio e mais todo o futurismo moderno, nunca poderiam receber coisa séria como um Nobel Literário.»
Da nossa leitora Zazie. A propósito deste texto da Francisca Prieto.
«Vou apostar que o cidadão ostensivamente aborrecido que já escreveu três ou quatro posts e vários comentários sobre este mesmo tema aqui no DELITO DE OPINIÃO não tem em casa nenhum livro do Bob Dylan. Atrevo-me, por isso, a sugerir-lhe que compre uma das volumosas resenhas das letras do autor, publicadas em dezenas de edições e de línguas - até em português! - que sossegue, que leia (sem música, claro, e certamente sem a música do autor), que sinta e pense no que leu (como creio ser mais ou menos inevitável), e que, depois sim, escreva sobre o tema. É que, musicalmente, Bob Dylan tem demasiados altos e baixo para o nível constante da sua escrita, e a dicção dele é parecida com a minha no pico de um ataque de rinite. Claro que tem sempre a alternativa de ler a Alice Vieira.»
Do nosso leitor JPT. A propósito deste meu postal.