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Delito de Opinião

Os comentários da semana

Pedro Correia, 23.01.21

«Tive um enfarte agudo do miocárdio em Agosto de 2019. Estava no trabalho (foi a minha sorte) e fui de ambulância para Santa Maria, estive quatro horas numa maca no corredor das urgências. Tive um segundo ataque, saí do corredor e fui visto por uma enfermeira. Aí já não sei quanto tempo passou pois perdi os sentidos e quando acordei já estava na mesa de operações.

Correu tudo bem, felizmente. Apesar do caos, pessoal super simpático.

Agora vem a parte negra da história.

Tinha a primeira consulta em Agosto de 2020 para rever a medicação, foi adiada para Dezembro de 2020 e já foi novamente adiada para Março de 2021.

Será que o gabinete do cardiologista em Santa Maria também foi ocupado com doentes covid?

Ou vou ter de apanhar covid para ter uma consulta de cardiologia em Santa Maria?»

 

Do nosso leitor Carlos Sousa. A propósito deste texto do João Sousa.

 

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«A campanha é um anedota. Mas as pessoas no geral não andam demasiado assustadas, a verdade é essa. Independentemente das tentativas esforçadas da comunicação social, não dá para voltar a Abril de 2020.

Já percebemos o tamanho engodo que isto tudo é, no sentido em que as medidas tomadas são areia para os olhos. Além de não melhorarem a situação têm potencial para piorar a situação.

Todos já conhecemos pessoas infectadas sem demasiada gravidade (assintomáticas ou com sintomas de gripe, mais ou menos forte). Pessoas que não frequentam festas ilegais nem se juntam aos magotes a beber álcool nos jardins públicos. Pessoas que não participaram em bodas, baptizados e banquetes. Pessoas que arejam a casa regularmente e cujos filhos tremem de frio sentados nas suas secretárias nas salas de aula. Usam álcool gel em abundância e máscara sempre. Pessoas que na maior parte das vezes não fazem ideia de como contraíram o virus. Só sabem que não foi nos transportes públicos, porque aí ele não ataca.

Longe de mim desvalorizar o vírus. Mas é preciso perceber que estas medidas de confinamento não fazem nada para travar o vírus. Aliás, é impossível eliminar um vírus disperso na comunidade sem a vacinação significativa da população (nem as ratazanas, as pulgas e os piolhos se conseguem exterminar, quanto mais os vírus). É preciso haver eficiência na gestão dos recursos para tratar os doentes graves e proteger a população mais vulnerável (mas nunca contra a sua vontade). E continuar a viver.»

 

Da nossa leitora Susana V. A propósito deste meu texto.

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