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Delito de Opinião

Os castelos da Baviera

José Navarro de Andrade, 09.07.14

A melhor equipa deste mundial é incontestavelmente o Bayern de Munique. Nas meias-finais alinharam jogadores do Bayern pela Alemanha (Neuer, Boateng, Lahm, Shweinsteiger, Kroos, Müller e Klose, que já não é mas é como se fosse, e no banco ficou Götze), pelo Brasil (Dante desceu aos Infernos - trocadilho óbvio - porque habituado a vê-los de costas, apanhou com eles de frente) e pela Holanda (o escanfandrista Robben). Mas o Bayern ainda deu para fornecer as principais estrelas da França (Ribery, apesar de ausente), Suiça (Shaqiri), EUA (Julian Green), Croácia (Mandzukic).

Pode-se assim inferir que vencerá aquela equipa que apresentar o número suficiente de jogadores do Bayern para aplicar em campo o seu famoso modelo de jogo, mesmo que por cortesia com os anfitriões, se disfarce com a camisola do Flamengo. Ora esse modelo, já adivinharam os especialistas (um especialista em futebol é alguém que tem oportunidade de se enganar mais vezes que um amador) é, digamos assim, o tüken-täken. Para os leigos seja explicado que se trata de um tiki-taka com mais centímetros de altura e nutrido por uma dieta de salsichas e cerveja em vez de tapas.

Quanto à única equipa das meias-finais que não tem jogadores do Bayern, essa tal de Argentina, a questão estará em saber se Mascherano e Messi já se esqueceram do modo como jogavam há dois anos. Mas o Sabella já provou ser um grande macaco e tem-se recusado a treinar ou a dar a táctica à Argentina, para não estragar nada – talvez resulte.

Desconfio que o Bayern era capaz mesmo de ganhar à Alemanha.

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