Em África a seleção natural vigora entre os seres humanos. Os resistentes resistem, os outros já morreram há muito, de malária ou de tuberculose, geralmente até na infância. Os que ficaram, aguentam muito bem com a covid-19. Para um africano adulto vivo, a covid-19 é canja. E quase não há africanos vivos com mais de 80 anos de idade, qus é a idade em que se morre de covid-19. A covid-19 é um pânico para os europeus, porque se trata de povos horrivelmente envelhecidos, cheios de pessoas com mais de 80 anos de idade - que são quase as únicas que a covid-19 mata. São ademais povos que se desabituaram da noção de doenças infecciosas e da noção de seleção natural (a resistência do mais forte). Na cultura europeia, toda a gente, mesmo a de saúde mais débil, é acarinhada e sustentada até chegar aos 80 ou 90 anos, sem que ninguém seja deixado morrer pelo caminho. Naturalmente, em povos assim, tanto a saúde física como a saúde cultural encontram-se muito deterioradas.
Ana Lima, Ana Margarida Craveiro, Ana Sofia Couto, André Couto, Bandeira, Cláudia Köver, Coutinho Ribeiro, Fernando Sousa, Francisca Prieto, Inês Pedrosa, Ivone Mendes da Silva, João Campos, João Carvalho, José António Abreu, José Gomes André, José Maria Pimentel, Laura Ramos, Luís M. Jorge, Marta Caires, Paulo Gorjão, Rui Herbon, Rui Rocha, Tiago Mota Saraiva