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Delito de Opinião

Olivais & Loures

jpt, 21.11.21

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Nos últimos tempos fui botando sobre os Olivais - onde resido - e a sua peculiar Junta de Freguesia. Referi (aqui e aqui) o seu inaceitável e desavergonhado comportamento durante o dia de eleições, com o pessoal contratado pela Junta para acompanhar as votações a envergar vestes propagandísticas da lista do PS. Pouco antes antes aludira (por exemplo aqui e aqui -  para além de textos bem anteriores) a essa mediocridade caciquista dos elementos PS que ali dominam desde há décadas. E depois das eleições sublinhei como as perdas de votação do PS naquela freguesia - e que muito se deveram às manigâncias e arrogâncias da sua presidente face aos interesses da população - foram, por si só, suficientes para a derrota da candidatura de Medina à câmara (aqui, aqui, aqui).

Tal insistência minha poderá parecer demasiada a quem não conheça o "bairro" e não possa assim perceber a intensidade do baixo nível daqueles eleitos para a Junta, a indigência intelectual da abrasiva demagogia, o exercício pessoalizado do poder autárquico - histriónico no caso da presidente da junta. E, acima de tudo, o efectivo desrespeito pelos fregueses, patente na forma altaneira e paternalista de exercício de funções. De facto, uma atitude anacrónica, já excêntrica pois situada no centro da capital. E a qual foi, repito, bastante punida nas últimas eleições, ainda que a lista do PS tenha mantido a Junta apesar dessas grandes perdas de votos - insisto, faltou aos restantes partidos a tempestiva apresentação de candidaturas informadas e preparadas para este exercício.

O que é interessante - e tão denotativo da prática política dominante, do modus operandi socialista - é que a nossa presidente da Junta e colunista do prestigiado jornal "Público", Rute Lima, após este percurso na gestão da freguesia, irá acumular o seu posto com um outro cargo remunerado na câmara de Loures, recentemente ganha pelo PS, isto independentemente de futuros "concursos" para os postos públicos, ascensão ancorada na "amizade" entre os políticos locais. "Nada de ilegal", diz a autarca e colunista do "Público". Não é ilegal, é imoral, como se refere neste artigo de jornal. Bem sublinhando que estas "contratações" (ainda por cima em acumulação de funções) "em regime de substituição" servem para aplainar o terreno, de molde a que estes contratados a "prazo" possam garantir os lugares nas futuras encenações de concursos públicos...

E assim tudo isto, este conúbio entre o PS de Loures e o PS dos Olivais, será apenas aquilo constante do les beaux esprits se rencontrent. E é notório: os anos passam e as pessoas do PS não aprendem, não mudam, nunca melhorarão. Estão lá para isto mesmo. Aquele partido, feito desta gente, é irreformável. Há os maviosos "parolos" a la Santos Silva, disfarçados do "não sei nada" E há os quem nem de "parolos" se mascaram, a la Carlos César...

Enfim, os meus desejos de boa sorte para os vizinhos de Loures. Que bem precisarão. Tal como nós, sofrendo estas Rutes Limas e estes Ricardos Leões. Desde o topo do governo até cá abaixo, até à mais ínfima e recôndita das caves da coisa pública...

 

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