Olivais de novo
Aqueles que me vêm aturando nestes anos - e em particular desde que regressei à Pátria Amada - talvez se lembrem das minhas cíclicas investidas sobre a Junta de Freguesia dos Olivais (Lisboa), sua respectiva presidente, a inefável (sim...) Rute Lima, e o conjunto de decisões, práticas e demagogias que dali vai brotando. Os que me dedicam mais paciência recordar-se-ão ainda de como provei - matematicamente - que foi devido ao trambolhão eleitoral socialista nos Olivais que o presidente da Câmara teve o ensejo de ascender a Ministro das Finanças, pavimentando o seu óbvio rumo a São Bento... Santa serendipidade, deve murmurar Medina, louvando assim as patacoadas dos seus correligionários na freguesia.
Alguns dirão que exagero, que aquela equipa PS de Lima não pode ser tão má como eu a pinto. Pois então comprovo-me, deixando a notícia de há dias que só agora vejo: a Junta de Freguesia desinterpretou a indicação governamental e mandou fechar todos os parques infantis dos Olivais. Foi a única Junta a borregar desta maneira, tamanha a incompetência (para não dizer pior) que lá grassa. E, ao que consta, aos fregueses que acorreram ao seu sítio pedindo esclarecimentos, os autarcas defenderam a sua posição alegando que "está calor, isso faz mal às crianças". Depois, dias passados, lá emendaram a patetice.
Espero que este exemplo, entre o pungente e o patético, sirva de vez para que me votem indulgência: quando me irrito com a Junta do meu bairro não é coisa de "partidos". É mesmo porque Rute Lima (colunista do prestigiado jornal de referência "Público", convém recordar) e sua equipa ultrapassam o imaginável. E sempre insisto, colocados no poder pelo PS em Lisboa, capital do país, entre o Parque das Nações e as Avenidas Novas - numa freguesia com 32 mil eleitores.
Isto deve dizer qualquer coisa sobre a natureza daquela agremiação.