O suicídio da esquerda
"(…) a Esquerda está a desaparecer em parte porque escolheu o suicídio.
Este suicídio tem duas faces. Em primeiro lugar, a esquerda tornou-se elitista e snobe, esquecendo a classe social e a pobreza. A esquerda cool deste século só olha para a pobreza se o pobre for negro ou castanho. Se for branco, o pobre é desprezado. Aliás, a esquerda e os media rasgam as vestes quando Trump é preconceituoso contra uma etnia, mas não rasgam essas mesmíssimas vestes quando a elite democrata é preconceituosa conta uma classe social, o working man rural ou urbano.
Em segundo lugar, a esquerda não é coerente na defesa dos valores dos direitos humanos e dos direitos individuais, a começar nos direitos das mulheres e da comunidade LGBT. Estes assuntos (machismo, feminismo, homofobia) só são discutidos pela esquerda dentro do redil do homem branco. Fica implícito de que só o homem branco pode ser homofóbico e machista. Mesmo perante manifestações gigantescas de machismo dos homens negros, muçulmanos ou hispânicos, a esquerda cala-se porque tem medo de ser rotulada de “racista”. Não se trata de racismo, mas de coerência feminista. Debaixo do manto do “antirracismo”, permite-se que os homens negros e muçulmanos defendam a masculinidade tóxica enquanto direito cultural."