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Delito de Opinião

O Síndrome do Robocop

Maria Dulce Fernandes, 29.08.19

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O plástico é uma praga.
A máxima de Lavoisier está incompleta. Nem tudo se transforma. Depois de convertida em plástico, a natureza perde a degradabilidade e consequentemente a capacidade de criar vida a partir do pó em tempo útil. Nenhum de nós tem o poder de viver mais de 500 anos para ver extinto todo e qualquer vestígio de pegada ecológica deixada pela poluição devastadora provocada pelo descarte de artefactos de plástico e derivados.
No nosso afã para mantermos a durabilidade das coisas pela arte da plastificação, deixamos de parte a única variável fundamental a qualquer equação em que a incógnita seja a introdução no corpo humano de matéria orgânica polmérica sintética, ou qualquer outra preparação criada in vitro que permita obter uma melhoria no desempenho e na longevidade do corpo.
Qualquer tentativa de plastificar a vida tem apenas resultado na sua anulação.
Qualquer “arte" plástica a que se submeta o corpo tem somente o sucesso efémero que a gravidade lhe permite. É tão normal a nova e renovada forma ficar disforme em curto tempo.
É por isso que, numa época em que toda a informação está disponível em tempo real para quase toda a gente, como se explica o uso e abuso de substâncias “plastificadoras" que incrementam a fisicultura, ao ponto de se morrer por ela?

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