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Delito de Opinião

O que se escreve na Catalunha

Pedro Correia, 10.10.17

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Do editorial do El Periódico, intitulado Não em nosso nome:

«Se hoje for consumada a declaração de independência, será o apogeu de uma irresponsabilidade histórica que produzirá efeitos gravíssimos no autogoverno e é de recear que também na convivência da Catalunha. Com a falsa dicotomia entre a legalidade constitucional e estatutária, por um lado, e a legitimidade política, por outro, o independentismo embarcou na Catalunha numa travessia que vulnerabiliza o ordenamento legal vigente sem sequer conseguir a legitimidade de um maciço apoio popular. Sem necessidade de invocar os dados de 1 de Outubro (é óbvio, desde esse mesmo dia, que o referendo não cumpriu nenhuma garantia democrática e que, portanto, não pode funcionar como aval de nenhuma decisão política), o bloco independentista, ainda que maioritário em número de lugares no Parlamento, não representa sequer metade dos catalães.»

 

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Do editorial do La Vanguardia, intitulado A hora da verdade:

«A opção independentista não é hegemónica na Catalunha. Já o sabíamos há muito, e também desde o 27 de Setembro [de 2015], que produziu no Parlamento uma maioria soberanista, mas não em votos. E ficou confirmado nas ruas este domingo, durante a manifestação convocada pela Sociedade Civil Catalã, que superou todas as previsões. A independência, que parte ao meio a sociedade catalã, terá além disso efeitos negativos na economia, como se comprovou na semana passada com as transferências das sedes do Banc Sabadell, da CaixaBank, da Gas Natural ou da Agbar. (...) Uma a uma, vão partindo grandes, médias e pequenas empresas. (...) E, ainda que algum dia regressem, neste momento a Catalunha transmite ao mundo uma imagem suicida.»

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