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Delito de Opinião

O povo é quem mais ordena (excepto em Kiev e Caracas, em que o povo é "fascista")

Pedro Correia, 25.02.14

Aqui escrevem os comunistas puros e duros. Sem punhos de renda, como antes da queda do Muro de Berlim. Com linguagem típica de Guerra Fria. Querem derrubar nas ruas o Governo português, que recusam qualificar de democrático, aplicando a cartilha marxista-leninista sobre "violência revolucionária". Enquanto se enfurecem ao ver as ruas da Ucrânia e da Venezuela encherem-se de protestos do povo, a quem não hesitam em chamar fascista.

 

Sobre Portugal:

«Urge apressar o derrubamento deste governo de máscara democrática que é na prática uma ditadura do capital.»

Sobre a Ucrânia:

«Uma vaga de anticomunismo selvagem varre grande parte da Ucrânia. Na capital e nas cidades da Ucrânia Ocidental, organizações de extrema-direita praticam crimes abjetos, perante a passividade do exército e das polícias. Desde o III Reich nazi que não acontecia algo comparável na Europa. O fascismo exibe na Ucrânia, com arrogância desafiadora, a sua face hedionda.»

Sobre Portugal:

«Anima-me a convicção de que o povo português, ao reencontrar-se com a História, volte em breve a assumir-se como sujeito. O aumento torrencial das lutas sociais e da combatividade das massas reforça a esperança de que os trabalhadores, liderados pela CGTP, se mobilizem para enfrentar e afastar do poder os que hoje os oprimem, roubam e humilham.»

Sobre a Venezuela:

«Uma campanha de desinformação, que envolve os grandes media dos EUA e da União Europeia, transmite diariamente a imagem de uma Venezuela onde a violência se tornou endémica, manifestações pacíficas seriam reprimidas, a escassez de produtos essenciais aumenta, a inflação disparou e a crise económica se aprofunda. Ocultam a realidade. Quem promove a violência é a extrema-direita, quem incendiou lojas da Mision Mercal que vende ao povo mercadorias a preços reduzidos, quem saqueia supermercados é essa oposição neofascista que se apresenta como "democrática".»

Sobre Portugal:

«A demissão deste governo, que há muito já deveria ter ocorrido, torna-se cada dia mais urgente. Não é previsível que Cavaco Silva assuma – como não assumiu outros – o dever constitucional de o fazer. Está nas mãos e na luta do povo realizar essa tarefa essencial de saneamento político e democrático.»

Sobre a Ucrânia:

«Os desmandos e violências em curso dos grupos fascistas são inquietantes. Nas cidades que controlam destruíram estátuas de Lenine, ilegalizaram o Partido das Regiões (que apoiava o Presidente) e o Partido Comunista da Ucrânia e em alguns casos fecharam as suas sedes. É transparente que o fascismo ucraniano exibe o seu rosto hediondo.»

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