O partido de Putin
«O agravamento da situação [na Ucrânia] é indissociável da perigosa estratégia de tensão e confrontação promovida pelos EUA, a NATO e a UE contra a Rússia, que passa pelo contínuo alargamento da NATO e o reforço do seu dispositivo militar ofensivo junto às fronteiras daquele país.»
«Quem terá a ganhar com esta guerra? A resposta é clara: são os EUA e o complexo industrial-militar, que fizeram e continuam a fazer tudo para impedir uma solução política para os muitos problemas que a Humanidade enfrenta e para prolongar a confrontação no plano militar.»
«O Governo português deverá actuar de forma a favorecer o fim da escalada de confrontação e a facilitar uma solução negociada, e não alinhar Portugal na estratégia de crescente tensão ditada pelos EUA, a NATO e a UE.»
Excertos do editorial do Avante!, jornal oficial do PCP (3 de Março de 2022)
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«Os perigos de evoluções negativas para a segurança da Europa e das suas populações, que muitos agora vislumbram em função dos recentes desenvolvimentos no Leste da Europa, para os quais o PCP chamou, sucessivamente, a atenção ao longo dos últimos (muitos) anos, decorrem da estratégia belicista dos EUA, da NATO e da UE.»
João Frazão, membro da Comissão Política do PCP, no mesmo jornal
«Por cá, de várias áreas surgiram defensores da paz da última hora, os mesmos que saudaram com entusiasmo as agressões dos EUA e da NATO ao Iraque, ao Afeganistão, à Jugoslávia (era António Guterres primeiro-ministro)... Como bons incendiários, reclamam agora mais NATO, mais armas, mais pressão a Leste. Ou seja, mais daquilo que nos trouxe até aqui.»
Gustavo Carneiro, membro do Comité Central do PCP, no mesmo jornal
«O PCP não está só ao sublinhar as responsabilidades maiores dos EUA, NATO e UE na situação criada.»
Albano Nunes, ex-membro do Secretariado e antigo responsável pelo departamento internacional do PCP, no mesmo jornal