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Delito de Opinião

O maior angariador de membros da NATO

Pedro Correia, 18.05.22

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Consuma-se o alargamento da NATO com a adesão da Finlândia e da Suécia, países que permaneciam neutrais há longos anos, por motivos diferentes, e agora desejam aderir à Aliança Atlântica para esconjurar a ameaça russa. Finlandeses e suecos rejeitam hoje ser os ucranianos de amanhã.

Em Helsínquia, por imperativo constitucional, a decisão foi ontem submetida a voto do parlamento. Com aprovação esmagadora: 188 favoráveis e apenas oito contra, havendo três deputados ausentes. Quase unânime.

Em Estocolmo, a decisão do Partido Social Democrata, que encabeça a coligação governamental, foi aprovada pela principal força da oposição. A primeira-ministra Magdalena Andersson protagonizou ontem uma conferência de imprensa conjunta com Ulf Kristersson, líder do Partido Moderado. Ambos deixaram claro que Governo e oposição convergem no pedido de adesão à NATO, numa inversão radical de 73 anos de assumida rejeição sueca da Aliança Atlântica.

O alargamento deverá ser confirmado na cimeira da NATO a decorrer no próximo mês em Madrid, mantendo-se a regra da aprovação por unanimidade apesar das actuais objecções da Turquia, que deverão ser ultrapassadas.

Novas derrotas para Vladimir Putin. O ditador russo, no seu frenesim imperialista, alegou a «crescente ameaça da NATO» como pretexto para invadir a neutral Ucrânia em Fevereiro. Tinha então quatro vizinhos membros do bloco político-militar euro-atlântico: Polónia, Estónia, Letónia e Lituânia. Passa a ter mais dois. Precisamente a Finlândia, ao longo de 1340 quilómetros de superfície terrestre, e a Suécia, com a qual partilha fronteira marítima no Báltico. 

Devia ser louvado no quartel-general da NATO, em Bruxelas. Tornou-se no maior angariador de membros para a organização.

 

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Votação electrónica, ontem, no parlamento de Helsínquia

4 comentários

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    anonimus 18.05.2022

    Sim, é possível desde de que a minoria respeite a maioria.

    Desde 2014 a minoria russófona tem sido ajudada militarmente pela Russia.

    A Revolução Ucraniana de 2014, também chamada Revolução da Dignidade, teve início em Kiev, capital da Ucrânia, a partir de violentas manifestações de protesto, conhecidas como Euromaidan, contra o governo do presidente eleito, Viktor Yanukovych.
    Os distúrbios rapidamente se intensificaram, levando à deposição de Yanukovytch e à instalação, alguns dias mais tarde, de um governo interino, apoiado por grupos de centro-direita, direita, centro-esquerda e até de extrema-direita, todos mais ou menos anticomunistas, unidos contra o poder russo.
    O presidente deposto refugiou-se na Rússia, e passou a ser procurado na Ucrânia, sob a acusação de ser responsável pela morte de manifestantes.
    A queda do governo foi seguida por uma série de mudanças, em rápida sucessão, no sistema sociopolítico da Ucrânia, incluindo a formação de um novo governo interino, a restauração das emendas constitucionais de 2004 e a realização de novas eleições presidenciais, em 25 de maio de 2014, nas quais o pró-ocidental Petro Poroshenko saiu-se vencedor.
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    SAP3i 18.05.2022

    1 – Exactamente como a CIA/Eua queriam fazer na Bielorrússia, Cazaquistão. E fizeram em vários países do mundo, para porem lá uns fantoches pró-americanos, enquanto os senadores, empresas americanas, e até filhos de presidentes dos EUA faziam lá negócios.
    2 – Tem sido um fartar em vilanagem deste 1939-45.
    3 – Agora acabou. A China e a Rússia disseram: "Vão para a vossa terra, que é lá longe, deixem os povos do mundo em Paz".
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    anonimus 18.05.2022

    Os EUA saíram do Afeganistão em agosto de 2021 depois de lá terem estado 20 anos.
    Quando saíram houve afegãos que prefiram morrer agarrando-se aos aviões dos EUA e caindo.
    Passou menos de 1 ano desde a sua saída...

    Para ti, estão melhor assim sem o imperialismo ocidental, sobretudo as meninas .
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