O crime não compensa
Prossegue o cortejo de atrocidades na Ucrânia. O maior país europeu em área territorial foi invadido a 24 de Fevereiro pelo vizinho de Leste num acto de guerra não declarado. Moscovo continua a mobilizar milhares de soldados e a despejar ali a sua poderosa artilharia em criminosa violação do direito internacional.
Há evidente desproporção de forças. O agressor possui o maior arsenal mundial de armas atómicas. O agredido não tem nenhuma: abdicou delas em 1994, num tratado internacional que o Kremlin rasgou.
Jamais o ditador Putin se atreveria a invadir uma Ucrânia dotada de ogivas nucleares. O crédulo pacifismo ucraniano da década de 90 comprova hoje ao mundo inteiro que é suicídio ser complacente com Moscovo.
Mas a Rússia, idolatrada por comunistas e venerada por fascistas, será derrotada na Ucrânia. Já perdeu a guerra do Afeganistão em 1989. Já perdeu a Guerra Fria em 1991. Tal como perdeu a batalha de Kiev -- forçada a levantar o cerco, vergada pela tenacidade dos resistentes.
O crime não compensa.
ADENDA: O selo de correio agora lançado na Ucrânia bate recordes de vendas, adquirido por gente de todo o mundo. Uma forma, como tantas outras, de apoiar David contra Golias.