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Delito de Opinião

O confinamento britânico

jpt, 05.01.21

Ao jantar juntou-se a família, em zoom - seria o aniversário da nossa matriarca, morta há dias. A notícia - já esperada - caiu durante o convívio: o Reino Unido entra em confinamento. Tenho sobrinhos - hoje no meu ecrã - lá imigrados. E a minha filha ali estuda e agora, aqui a meu lado, só pode lamentar todo este longuíssimo processo que lhe amputa a formação real.
 
Boris Johnson falou. Proclamou o confinamento. Referiu os seus conteúdos em traços gerais. E anunciou o vastíssimo programa de vacinação (em Fevereiro contam ter os 4 grupos prioritários já vacinados), o maior da história britânica. Ele não é, como todos saberão, um interseccionalista ou marxista cultural. Nem abordou a situação com mecanicismo restritivo.
 
Talvez que sendo Boris Johnson a assumir agora estas medidas, e este discurso, isso possa calar os patetas da direitalha, esses que julgam que ser "liberal" é contestar a dimensão desta pandemia e as medidas restritivas que esta impõe. Que lhes demonstre o quão medíocres intelectualmente vêm sendo, dia-a-dia, nestes meses. E, mais do que tudo, lhes mostre a ignomínia que é a, explícita ou implícita, campanha anti-vacina do Covid-19 que alguns - como essa Maria José Morgado, para além de punhados de patetas facebuqueiros - andam por aí a fazer. Uma miserável indecência sobre a qual já botei. E à qual agora volto, apontando o dedo.
 

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